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Alunos passam mal após comer no RU da Ufes em São Mateus

Alunos passam mal após comer no RU da Ufes em São Mateus

Eles relataram dor de cabeça, tontura e diarreia após o jantar servido no Restaurante Universitário do campus. Ufes diz que não encontrou falhas que sinalizem intoxicação alimentar

Publicado em 21 de julho de 2022 às 18:39

Ícone - Tempo de Leitura 4min de leitura

Alunos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), campus de São Mateus, no Norte do Estado, disseram terem passado mal após o jantar servido no Restaurante Universitário (RU) do local. Os estudantes do Centro Universitário Norte do Estado (Ceunes), como é conhecida a unidade do município, relataram sintomas como dor de cabeça, tontura e diarreia após ingerirem a refeição.

O caso ocorreu na última quinta-feira (14). A refeição daquela noite, segundo os alunos, continha arroz, feijão, carne moída e purê de abóbora. A estudante de Pedagogia Geane Ferreira Rosa foi uma das pessoas que disse ter passado mal após a refeição. 

“Fui ao médico na sexta-feira (15) de manhã e ele disse que, pelos sintomas, poderia ser uma intoxicação alimentar. Nós descobrimos por meio do grupo de WhatsApp que temos da turma que outros alunos também estavam com os mesmos sintomas. E mais relatos começaram a aparecer”, contou Geane em entrevista à repórter Rosi Bredofw, da TV Gazeta Norte.

Alunos passam mal após comer no RU da Ufes de São Mateus
Alunos passam mal após comer no RU da Ufes de São Mateus. (Reprodução | Ufes)

Outra estudante de Pedagogia, Nicole Sayuri, contou que, mesmo uma semana após o ocorrido, continua passando mal. "Ainda sinto muitas dores na barriga, estou assim desde que comecei a passar mal. Na quinta-feira (14) de madrugada eu nem consegui dormir. Fui até o hospital e ele passou uma medicação. Eu não consigo mais comer (no RU). E muitos alunos precisam jantar lá, porque trabalham o dia todo e não conseguem passar em casa”, relata a estudante.

Ela afirma que se reuniu com outros alunos e entraram em contato com a diretoria da universidade pedindo uma análise do processo de produção das refeições para identificar algo que possa ter causado o mal-estar nos alunos.

“Nós precisamos de retorno do que aconteceu. Isso é muito sério. Eu, assim como outros alunos, chegamos ao hospital passando muito mal. Alguém podia ter morrido. E se fosse alguma criança? Porque os alunos também levam os filhos para as aulas”, disse Nicole.

CASO PARECIDO EM 2018

Não é a primeira vez que há relatos do tipo na unidade. Em 2018, situação parecida ocorreu na Ufes de São Mateus. Na ocasião, alunos relataram que passaram mal, com diarreia, ânsia de vômito e dor no estômago, após almoçar e jantar no Restaurante Universitário (RU) do local. Na ocasião, uma estudante chegou a relatar em rede social ter visto ratos circulando pela horta do restaurante.

Na época, a diretoria do campus de São Mateus confirmou que alguns estudantes passaram mal e procuraram a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) local, entretanto, descartou a possibilidade de contaminação por meio de alimentação fornecida no RU, que, segundo a instituição, segue as normas de controle sanitário.

O QUE DIZ A UFES

Procurada pela reportagem de A Gazeta, a Ufes afirmou que executa todos os cuidados necessários nas refeições do Restaurante Universitário, e que realizou uma análise do processo de produção do jantar servido na última quinta-feira (14), não sendo detectadas falhas nos processos que pudessem acarretar uma intoxicação alimentar. Veja a nota na íntegra:

“Acerca do episódio de suspeita de ocorrência de intoxicação alimentar, a Diretoria de Gestão dos Restaurantes (DGR) da Ufes informa que os processos que compõem a cadeia de produção de refeições do Restaurante Universitário do campus de São Mateus são fundamentados nos protocolos estabelecidos pelas Boas Práticas de Manipulação de Alimentos e legislação pertinente, sendo que tais procedimentos operacionais são padronizados e executados de forma rotineira na unidade.

Desse modo, cientes do ocorrido, realizou-se uma minuciosa avaliação e revisão dos procedimentos adotados na cadeia de produção das refeições do jantar servido no dia 14 de julho de 2022, não sendo detectadas falhas nos processos que acarretassem uma intoxicação alimentar.

A DGR destaca que todos os controles relativos à produção das refeições, no que tange à higienização das dependências da unidade e dos reservatórios de água que abastecem o restaurante, assim como serviços de desinsetização e desratização, são executados conforme periodicidade estabelecida pelas normas fixadas para serviços de alimentação coletiva.

Além disso, toda a matéria-prima utilizada no preparo das refeições é proveniente de fornecedores previamente cadastrados e habilitados, sendo as mercadorias recebidas na unidade e armazenadas sob condições adequadas a cada particularidade existente (separação por setores, manutenção da cadeia fria, dentre outras semelhantes).

Agregam-se a esses protocolos os devidos controles de qualidade das preparações, por meio da análise sensorial realizada pelo nutricionista responsável, da coleta e armazenamento de amostras e monitoramento das temperaturas e das preparações prontas para consumo e distribuição.

Tais processos visam garantir a segurança alimentar dos usuários do restaurante, não somente no que tange ao acesso a uma alimentação balanceada e de boa qualidade, mas também quanto à saúde de todos, reforçando nosso compromisso com a prestação de um serviço adequado aos nossos usuários.”

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