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A Casa do Porco é o 17° melhor restaurante do mundo, segundo lista

A Casa do Porco é o 17º melhor restaurante do mundo, segundo lista

Restaurante de São Paulo sobe 22 posições no ranking do World's 50 Best e é o único brasileiro no guia

Publicado em 5 de outubro de 2021 às 15:30

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Chef Janaína Rueda, dos restaurantes Bar da Dona Onça e A Casa do Porco, em São Paulo
Chef Janaína Rueda, dos restaurantes Bar da Dona Onça e A Casa do Porco, em São Paulo. (Divulgação)

O restaurante A Casa do Porco, na região central de São Paulo, está entre os 50 melhores do mundo. Comandado por Jefferson e Janaína Rueda, o endereço ficou em 17ª lugar na lista mundial do 50 Best, promovida pela revista britânica Restaurant.

O anúncio foi feito em cerimônia realizada nesta terça (5), em Antuérpia, na Bélgica. A casa subiu 22 posições em relação à última edição, quando ficou em 39º lugar. O endereço é o único brasileiro a aparecer entre os 50 melhores do mundo segundo o guia.

Tido como o "Oscar da gastronomia", o World's 50 Best é uma compilação anual. Apesar de se chamar "50 melhores", a lista chega a cem endereços. Devido à pandemia do coronavírus, não houve premiação em 2020. A última edição do 50 best, portanto, ocorreu em 2019.

Como de costume, parte da lista já havia sido revelada ao público. No dia 23 de setembro, a organização divulgou os colocados da 51ª posição até a 100ª.

Já o melhor restaurante do mundo, de acordo com o guia, é o Noma, em Copenhague, na Dinamarca. A casa havia ficado em segundo lugar na última premiação. Em seguida, entre os cinco melhores, aparecem o Geranium, também em Copenhague; o espanhol Asador Etxebarri; o peruano Central; e outro espanhol, o Disfrutar.

A Casa do Porco foi inaugurada em 2015, na região central da capital paulista -na esquina entre as ruas Araújo e General Jardim- com uma cozinha que destaca a carne suína nos mais diversos preparos. Os porcos são de criação própria e a maior parte dos vegetais vêm do do sítio da família Rueda, em São José do Rio Pardo, no interior de São Paulo, ou de pequenos produtores parceiros. O menu-degustação, em versão tradicional ou vegetariana, custa R$ 165.

O endereço é comandado pelo casal Jefferson e Janaína Rueda. A dupla também é responsável pelo Bar da Dona Onça, a lanchonete Hot Pork e a Sorveteria do Centro, todos na mesma área do centro. Em 2020, Janaína foi eleita ícone da América Latina pelo 50 Best por atuação em merendas e no setor de restaurantes.

Antigo habitué do ranking, o D.O.M., de Alex Atala, caiu mais sete posições. De 54º colocado, em 2019, ele desceu para o 61º. O restaurante aparece na lista desde 2006, quando estreou em 50º lugar. Sua melhor marca foi em 2012, quando esteve em 4º lugar na lista.

Outro paulistano da lista, o Maní, da chef Helena Rizzo, que apareceu em 73º em 2019, deixou o ranking global.

Além dos endereços paulistanos, dois cariocas também marcam presença na lista. O Oteque, do chef Alberto Landgraf, que estreou em 100º em 2019, atingiu o 67º lugar. Já o Lasai, de Rafa Costa e Silva, ficou em 85º. A casa estava na posição de número 74 em 2019.

Durante o hiato de um ano na premiação, o 50 Best promoveu outras atividades em apoio ao setor gastronômico. Uma destas iniciativas foi a lista 50 Next, que elegeu jovens que estão moldando o futuro da gastronomia. Divulgada em abril, a relação apontou dois jovens líderes brasileiros.

Os representantes do país têm em comum a atuação em regiões periféricas. Mariana Aleixo, 33, está à frente de projetos no complexo da Maré, na zona norte carioca; Thiago Vinícius de Paula da Silva, 32, atua com a democratização do acesso a alimentos orgânicos no Campo Limpo, zona Sul de São Paulo.

Diferentemente dos rankings de bares e restaurantes do 50 Best, a lista com jovens líderes não tem ordem de classificação e foi dividida em categorias com um olhar mais abrangente à gastronomia -produção, tecnologia, educação, indústria criativa, ciência, hospitalidade e ativismo.

Conheça os 50 melhores restaurantes do mundo de 2021

  • 1º lugar: Noma (Copenhague, na Dinarmarca)
  • 2º lugar: Geranium (Copenhague, na Dinamarca)
  • 3º lugar: Asador Etxebarri (Axpe, na Espanha)
  • 4º lugar: Central (Lima, no Peru)
  • 5º lugar: Disfrutar (Barcelona, na Espanha)
  • 6º lugar: Frantzén (Estocolmo, na Suécia)
  • 7º lugar: Maido (Lima, no Peru)
  • 8º lugar: Odette (Cingapura)
  • 9º lugar: Pujol (Cidade do México, no México)
  • 10º lugar: The Chairman (Hong Kong)
  • 11º lugar: Den (Tóquio, no Japão)
  • 12º lugar: Steirereck (Viena, Áustria)
  • 13º lugar: Don Julio (Buenos Aires, na Argentina)
  • 14º lugar: Mugaritz (San Sebastian, na Espanha)
  • 15º lugar: Lido 84 (melhor estreia na lista; em Gardone Riviera, na Itália)
  • 16º lugar: Elkano (Getaria, na Espanha)
  • 17º lugar: A Casa do Porco (São Paulo)
  • 18º lugar: Piazza Duomo (Alba, na Itália)
  • 19º lugar: Narisawa (Tóquio, no Japão)
  • 20º lugar: Diverxo (Madri, na Espanha)
  • 21º lugar: Hia Franko (Kobarid, na Eslovênia)
  • 22º lugar: Cosme (Nova York, nos Estados Unidos)
  • 23º lugar: Arpège (Paris, na França)
  • 24º lugar: Septime (Paris, na França)
  • 25º lugar: White Rabbit (Moscou, na Rússia)
  • 26º lugar: Le Calandre (Rubano, na Itália)
  • 27º lugar: Quintonil (Cidade do México, no México)
  • 28º lugar: Benu (San Francisco, nos Estados Unidos)
  • 29º lugar: Reale (Castel di Sangro, na Itália)
  • 30º lugar: Twins Garden (Moscou, na Rússia)
  • 31º lugar: Restaurant Tim Raue (Berlim, Alemanha)
  • 32º lugar: The Clove Club (Londres, Inglaterra)
  • 33º lugar: Lyle's (Londres, Inglaterra)
  • 34º lugar: Burnt Ends (Cingapura)
  • 35º lugar: Ultraviolet by Paul Pairet (Xangai, China)
  • 36º lugar: Hof Van Cleve (Kruishoutem, Bélgica)
  • 37º lugar: Singlethread (Califórnia, Estados Unidos)
  • 38º lugar: Boragó (Santiago, Chile)
  • 39º lugar: Florilège (Tóquio, Japão)
  • 40º lugar: Sühring (Bancoc, Tailândia)
  • 41º lugar: Alleno Paris au Pavillón Ledoyen (Paris, França)
  • 42º lugar: Belcanto (Lisboa, Portugal)
  • 43º lugar: Atomix (Nova York, Estados Unidos)
  • 44º lugar: Le Bernardin (Nova York, Estados Unidos)
  • 45º lugar: Noberlhart & Schmutzig (Berlim, Alemanha)
  • 46º lugar: Leo (Bogotá, Colômbia)
  • 47º lugar: Maaemo (Oslo, Noruega)
  • 48º lugar: Atelier Crenn (San Francisco, Estados Unidos)
  • 49º lugar: Azurmendi (Larrabetzu, Espanha)
  • 50º lugar: Wolfgat (Paternoster, África do Sul)

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