Publicado em 28 de fevereiro de 2020 às 17:46
Fechado desde dezembro de 2017, o Teatro Carlos Gomes finalmente começa a vislumbrar os primeiros passos para receber uma necessária reforma. Conforme prometeu em matéria publicada em A Gazeta em dezembro de 2019, o governo do Espírito Santo lançou uma licitação para contratação da empresa que ficará responsável por elaborar o projeto arquitetônico. As obras propriamente ditas começam apenas em 2021. >
O que se sabe é que a reforma no espaço será total, incluindo aspectos paisagísticos e arquitetônicos, como o restauro das pinturas do artista plástico Homero Massena contidas no teto do teatro. "O principal e mais querido palco do nosso Estado será completamente restaurado, além de ter suas instalações elétricas, equipamentos de ar condicionado e cenotécnica modernizados", comemora o secretário de Estado da Cultura, Fabricio Noronha. "Reformar o Carlos Gomes com o cuidado e o carinho que o teatro merece demonstra o quanto a gente respeita e prioriza a história não só deste palco, mas também da arte no Espírito Santo", completa.>
As empresas têm até as 14h do dia 10 de março para entregar suas propostas. Após essa data, o governo tem até 60 dias para análise dos documentos e anúncio da vencedora. O valor que será investido pelo governo na elaboração do projeto de restauração e reforma é de, no máximo, R$ 523.928,90. Quem vencer a licitação terá 240 dias para cumprir essa tarefa. Se todos os prazos correrem no tempo máximo disponível, o projeto será entregue em janeiro de 2021. >
Após a conclusão do projeto, será aberta outra licitação, desta vez para escolher a empresa que vai executar as obras de reforma. Ainda não há prazo para a reinauguração nem valor total do restauro. De acordo com a Secretaria de Cultura do Estado (Secult), somente após a aprovação do projeto será possível obter uma previsão mais exata do custo as obras. O dinheiro investido na iniciativa sairá do orçamento anual destinado à pasta. >
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A falta do mais importante aparelho cultural do Estado é sentida por produtores e artistas de diversas áreas, como teatro, música e cinema. Em algumas ocasiões, o teatro chegou a ser reaberto em caráter temporário. Em setembro de 2018, por exemplo, abrigou o 25º Festival de Cinema de Vitória, mas o cenário era de desolação. O prédio voltou a funcionar com 17 aparelhos de ar condicionado instalados de forma improvisada, em cima de cavaletes, o que chamou a atenção do público do evento.>
O Departamento de Edificações e Rodovias do Espírito Santo (DER-ES) vai coordenar e fiscalizar as obras do Carlos Gomes. O secretário de Cultura afirma que sua pasta também vai atuar no processo. "O DER será o responsável pela parte de engenharia, e a Secult pela garantia da preservação do patrimônio tombado. Os dois órgãos vão fiscalizar a execução da reforma e do restauro", enfatiza Noronha.>
Uma série de critérios serão avaliados para que uma empresa assuma o projeto, além de apenas entregar o menor preço. "Elas precisam estar capacitadas para executar obras do governo, ter a situação financeira e trabalhista em dia e ter em seus quadros profissionais especialistas em arquitetura de teatro", adianta o secretário de Cultura. >
O governo do Estado elaborou um termo de referência para a reforma, com exigências de sustentabilidade, preservação do patrimônio e fiscalização. As obras serão acompanhadas por especialistas da Gerência de Memória e Patrimônio da Secult e pelo Conselho Estadual de Cultura. O restauro deve resguardar e valorizar o bem tombado e seu acervo artístico cultural.>
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