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Teatro Carlos Gomes reabre com improvisos mesmo após meses de reforma

Teatro Carlos Gomes reabre com improvisos mesmo após meses de reforma

Aparelhos de ar condicionado foram colocados de forma improvisada; locação dos 17 aparelhos por uma semana custaram R$ 22 mil

Publicado em 6 de setembro de 2018 às 21:11

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Após 9 meses de reforma, teatro reabre com ar condicionado improvisado. (Marcelo Prest)

Depois de 9 meses fechado para reforma, o Teatro Carlos Gomes, localizado no Centro de Vitória, reabriu no início da semana para a realização da 25ª edição do Festival de Cinema de Vitória. Entretanto, o prédio voltou a funcionar com 17 aparelhos de ar condicionado instalados de forma improvisada, o que chamou a atenção do público do evento.

Os aparelhos foram montados em cima de cavaletes de ferro no camarote do segundo andar do edifício. Eles foram alugados por R$ 22 mil por uma semana pelo Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Espírito Santo (Sincades), por meio de apoio ao festival. A ação foi intermediada pela Secretaria Estadual de Cultura (Secult).

Após 9 meses de reforma, teatro reabre com ar condicionado improvisado. (Marcelo Prest)

De acordo com a diretora festival Lúcia Caus, a instalação dos aparelhos foi necessária, pois na última segunda-feira, dia da abertura do evento, a organização verificou que o sistema de refrigeração não estava funcionando. Ela ressalta que mesmo com a instalação improvisada, os equipamentos não oferecem riscos aos frequentadores.

“Eu pedi um laudo de segurança. Eu não podia abrir o festival correndo risco com os aparelhos da forma que seriam instalados. Recebi o laudo da empresa dizendo que não tem perigo, e por isso, dei início ao festival”, relata Lúcia.

O assessor especial da Secult, Marcelo Siqueira, explicou que por ser um prédio histórico foi correta a utilização dos cavaletes. “Como é patrimônio, o ar condicionado não pode ficar pendurado. Essa estrutura de ferro é para evitar o contato com a estrutura. Eles estão com presilhas de segurança”, explicou o assessor.

O secretário estadual de Cultura, João Gualberto, afirma que os problemas na refrigeração do prédio foi verificado durante as reformas iniciadas em dezembro. “Quando começamos o trabalho o sistema de refrigeração estava funcionando, mas quando foi trocada a parte elétrica verificaram esse problema na aparelhagem. Essa aparelhagem é da reforma de 1979, então tem que trocar tudo”, explica o secretário.

Desde dezembro de 2017 foram investidos mais de R$ 218 mil nas reformas do Teatro Carlos Gomes. Os serviços previam a reforma do telhado danificado pelas chuvas, banheiros, pintura interna e externa, troca da parte elétrica e aplicação de produto retardante de chamas nas cortinas, tecidos da caixa cênica e carpetes dos pisos. Até o final do ano o valor vai aumentar mais R$ 26.900, após a verificação de novos problemas do telhado.

SECRETÁRIO QUER MAIS R$ 400 MIL PARA OBRAS

O secretário estadual de Cultura, João Gualberto, disse que a Secult enviou ofício para o governo do Estado solicitando um crédito de R$ 400 mil para a contratação de projetos para a restauração do Teatro Carlos Gomes. “A gente começou um processo semana passada para o projeto de restauro. O teatro precisa de uma restauração de grande porte”, disse.

O teatro apresenta um histórico de reformas. Em 2010 foram investidos R$ 630 mil. Desde dezembro do ano passado foram mais R$ 218.500, e até o final do ano serão aplicados ainda R$ 26.900 para a continuidade da restauração do telhado.

Gualberto justifica as recorrentes reformas devido a umidade do terreno que o teatro foi construído. “O prédio foi feito em cima de um brejo e, por isso, as paredes estão constantemente úmidas. Esse teatro precisa fazer a reestruturação inclusive na sua base para fazer o trabalho de impermeabilização da estrutura”, afirma.

ALUGUEL NOVO

Mesmo com o sistema de refrigeração inoperante, o secretário garante a realização de quatro eventos no local até o fim do ano: o festival de teatro em outubro, o de música erudita em novembro e duas apresentações de ópera. Para isso, a Secult irá alugar novamente equipamentos de ar condicionado. A empresa que prestará o serviço será contratada por meio de processo de licitação. 

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