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Publicado em 13 de outubro de 2025 às 11:08
A contagem regressiva para o primeiro dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já começou. A avaliação será aplicada nos dias 9 e 16 de novembro, e, faltando pouco menos de um mês, alunos do curso de medicina da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) — curso da instituição com a nota de corte mais alta no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) nos dois últimos anos — compartilharam dicas sobre como se preparar nesta reta final.>
A Gazeta conversou com os estudantes Lucas Alvarenga, do 1º período, e os irmãos Gabriel Mazzini, do 2º período, e Alice Murad, do 4º período, que falaram sobre métodos de estudo, controle do tempo e estratégias para o dia da prova. Entre os conselhos mais repetidos, um se destacou: conhecer o formato do Enem e fazer simulados é essencial. Veja mais dicas a seguir: >
Para Lucas Alvarenga, a principal dica é entender a estrutura do exame e focar nas questões que seguem o estilo da avaliação. "Não adianta estudar apenas matérias difíceis e esquecer o básico, porque o Enem tem a Teoria de Resposta ao Item (TRI). Mesmo sabendo o conteúdo mais complexo, errar questões fáceis pode prejudicar a nota", explicou.>
Além disso, ele destacou a importância de praticar com provas antigas. “Todo dia eu fazia o máximo de questões possíveis, mas sempre de provas que seguiam o modelo do Enem. Isso me ajudou a ganhar agilidade e entender o tipo de raciocínio cobrado”, orientou.>
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Lucas, que passou por três anos de cursinho até conquistar a aprovação, ainda reforçou que os estudantes precisam ser persistentes. “Quem desiste não passa. É um processo difícil, mas uma hora o resultado vem”, concluiu.>
A Teoria de Resposta ao Item (TRI) é o sistema usado pelo Enem para corrigir as provas e calcular a nota dos participantes. É ela que garante a coerência na avaliação e impede que os famosos “chutes” influenciem diretamente no resultado final. Na prática, o Enem organiza suas 180 questões em três níveis de dificuldade - fácil, médio e difícil. O algoritmo da TRI analisa o padrão de respostas do candidato e identifica se ele acertou por realmente dominar o conteúdo ou se o acerto foi apenas sorte.
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Por isso, a nota final não depende apenas da quantidade de acertos, mas também do nível de dificuldade das questões resolvidas corretamente e da consistência entre acertos e erros.>
Gabriel Mazzini, aprovado na primeira colocação em medicina na Ufes neste ano, aposta na estratégia de revisão e autoconhecimento nesta reta final. Segundo ele, agora é o momento de revisar o conteúdo, especialmente as matérias mais frequentes, e analisar o resultado dos simulados. >
Gabriel Mazzini
Aprovado em 1º lugar em medicina na UfesNo dia da prova, o universitário recomenda começar pelas questões mais fáceis e pela área de maior afinidade. “Isso ajuda a ganhar tranquilidade. E se travar em alguma questão, pule. O importante é não perder tempo e saber gerenciar o ritmo”, aconselhou.>
A universitária Alice Murad reforça a importância de criar uma rotina de simulação. Conforme ela orientou, na reta final é hora de imprimir as provas antigas e fazer como se fosse o exame real: trancar o quarto, marcar o tempo e seguir as mesmas regras do dia. Alice explica que essa prática ajuda a controlar a ansiedade e o tempo de resolução das questões, pontos decisivos para um bom desempenho.
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De acordo com os aprovados, o segredo está em aliar prática e estratégia. Fazer simulados, revisar os principais conteúdos e cuidar do emocional são atitudes que, segundo eles, podem fazer toda a diferença.>
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