Mão de obra em falta no ES: é possível construir pontes para o trabalho

Em um projeto de nação, o trabalho é gerador de riquezas, é o que promove desenvolvimento

Publicado em 19/09/2025 às 01h00
Carteira de trabalho
Carteira de trabalho. Crédito: Fernando Madeira

O setor supermercadista no Espírito Santo afirma que atualmente há  6 mil vagas de trabalho abertas que não conseguem ser preenchidas por falta de candidatos. Uma situação que não é excepcional: empresários capixabas chegaram a enviar uma carta ao governador Renato Casagrande no início deste mês na qual listavam desafios ligados à qualificação e à formação de mão de obra no Estado.

carta chegou a ser tema de editorial recente que abordava o problema da falta de qualificação para as vagas ofertadas. Mas o caso daquelas nos supermercados é um outro lado da moeda, visto que costumam se tratar de postos que exigem menos requisitos dos candidatos. E, mesmo assim,  não são ocupados. É certo que a educação, sobretudo a profissional, acaba sendo essencial em ambos os casos, mas no segundo há um componente social que não pode ser ignorado.

Ora, a taxa de desemprego no Espírito Santo é de 3,1%, o menor patamar da série histórica, com a população desocupada estimada em 65 mil pessoas. São essas as pessoas que estão procurando trabalho, diferentemente dos desalentados, atualmente 18 mil pessoas (aquelas sem ocupação que não buscam uma vaga). Em muitos casos, inseridas em um contexto de vulnerabilidade econômica, social e econômica, e trazê-las para o mercado de trabalho acaba sendo um desafio.

Os números são locais, mas é um cruzada nacional, porque não se diferem muito do restante do país.  Em um projeto de nação, o trabalho é gerador de riquezas, é o que promove desenvolvimento. O Brasil carece de capital humano para o setor produtivo, e é preciso construir a cultura do trabalho como catalisador do aprimoramento pessoal. A construção de pontes entre quem emprega e quem precisa trabalhar é o caminho para reduzir essas deficiências do mercado.

O programa Acredita no Primeiro Passo do governo federal é uma dessas pontes para ajudar famílias de baixa renda no CadÚnico a  conseguirem capacitação profissional e trabalho. De acordo com a coluna de Abdo Filho, empresas locais estão estudando a entrada no programa federal. É possível equalizar os interesses: as empresas precisam de mão de obra para crescer, as pessoas precisam de trabalho para melhorarem de vida. O que falta é se encontrarem.

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