Com novo mapa de risco, vacina vai garantir proteção à saúde e à economia

Nunca se esteve, desde o início da crise sanitária, tão perto de um retorno seguro à rotina pré-pandemia, mesmo que ainda mantendo certos cuidados

Publicado em 08/10/2021 às 02h00
Idosos
Há plena oferta de vacinas no Espírito Santo. Crédito: Prefeitura de Cachoeiro/Márcia Leal

Os dados da vacinação contra a Covid-19 nos municípios capixabas serão um dos principais indicadores do novo Mapa de Risco — que passa a valer a partir de 8 de novembro com a inclusão da categoria "risco muito baixo" — por questões óbvias: a cobertura vacinal, no atual estágio da pandemia, é o que vai determinar a segurança da retomada total das atividades econômicas, com restrições mínimas.

O que deixa ainda mais evidente que a imunização é uma atitude individual com impacto na coletividade que vai além até mesmo da saúde: os setores de comércio, serviços, educação, eventos... tudo o que movimenta a vida urbana passa a se relacionar com o alcance das vacinas.

Uma decisão que só foi possível de ser sacramentada agora, com mais de 91,20% da população adulta do Estado vacinada com a primeira dose, o que representa 2,7 milhões de pessoas. Como reforçou o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, o Espírito Santo atingiu um status de plena oferta no qual  "praticamente todos os municípios capixabas estão ofertando vacinas à livre demanda". Um cenário que vai permitir a determinação das novas regras com isonomia entre os municípios, uma vez que não há escassez de vacinas em nenhuma região do Estado.

Mas as cidades não serão mais avaliadas individualmente, e sim as suas microrregiões. Há dez delas no Estado. E a meta de vacinação será determinante para que sejam tingidas de azul no Mapa de Risco. As regras são: 80% da população acima dos 18 anos com as duas doses; 90% da população dos adolescentes de 12 a 17 anos com a primeira dose; e 90% dos idosos com a terceira dose.

É mais um fator a convencer os 9,75% da população que não estão vacinados, ou 269 mil pessoas, a buscarem a imunização. Reportagem recente deste jornal mostrou que esse grupo responde atualmente por 41,77% da demanda de internação hospitalar no sistema público de saúde no Estado. A falta de proteção tem exercido uma pressão na rede hospitalar que poderia ser evitada com uma decisão racional.

As vacinas protegeram a humanidade durante todo o século XX, permitiram um aumento da expectativa de vida. Negacionismo em relação às vacinas, durante uma pandemia, é negar uma obviedade. Com o novo Mapa de Risco, essa decisão vai ser também crucial para a migração das cidades para o risco muito baixo.

Se alguma das microrregiões alcançar a classificação, ela entrará em uma nova fase de gestão da pandemia sem possibilidade de retroceder à classificação anterior — excluindo-se o caso de o Estado enfrentar uma nova onda da pandemia. Até mesmo shows e eventos estarão liberados com capacidade total. Estar vacinado passa a ser relevante demais para o retorno a uma normalidade quase completa, exceto pelo fato de que o uso de máscara continuará sendo exigido.

Nunca se esteve, desde o início da crise sanitária, tão perto de um retorno seguro à rotina pré-pandemia, mesmo que ainda mantendo certos cuidados. Quanto mais pessoas tomarem a vacina, atualmente disponível para todos os adultos, mais rápido ficará "tudo azul" para o Espírito Santo.

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