Cais das Artes pulsa pela primeira vez na festa para a Terceira Ponte

Nada apaga os erros e problemas que envolveram a obra, concebida para colocar o Espírito Santo no radar dos grandes eventos culturais do país e do mundo, mas as luzes e as cores que enfeitaram o local no último domingo foram uma prévia animadora

Publicado em 31/08/2023 às 01h00
Grupo de dança de São Paula encantou quem foi acompanhar o Festival Luzes Pela Vida
Grupo de dança de São Paulo encantou quem foi acompanhar o Festival Luzes Pela Vida no Cais das Artes. Crédito: Ricardo Medeiros

protagonista do último domingo (27) foi a Terceira Ponte, repaginada com seis faixas e ciclovia. Mas a escolha do governo estadual de realizar parte dos eventos de inauguração no Cais das Artes acabou dando à obra inacabada um importante destaque.

Afinal, trata-se de um dos projetos mais emblemáticos do Espírito Santo, tanto pela grandiosidade da construção, assinada pelo renomado arquiteto capixaba Paulo Mendes da Rocha, morto em 2021,  quanto pelos oito anos de paralisação da obra. Impossível não ter a atenção fisgada pela imponência daquela  estrutura inacabada e sem uso.

O Festival Luzes da Vida, mesmo que realizado em um canteiro de obras, deu a dimensão do que pode vir a ser o Cais das Artes no futuro, quando concluído. Um espaço dedicado às artes e à cultura, em perfeita integração com o seu entorno.

O espetáculo de dança realizado na área interna, combinado com o show dos drones e com as projeções na parte externa, fez o Cais das Artes pulsar pela primeira vez. Como espera-se que seja a partir de janeiro de 2026, data de conclusão da obra prometida pelo governador Renato Casagrande.

Com a inauguração do terminal do aquaviário na Praça do Papa, na semana passada, bem ao lado do esqueleto do Cais das Artes, ficou ainda mais evidente como as duas obras podem se complementar, como um eixo de lazer e cultura para os moradores da Grande Vitória e para quem vem de fora. Somando-se ainda à Ciclovia da Vida, aberta ao público no domingo. Em qualquer cidade do mundo, atrações como essas seriam de grande valor turístico. O Espírito Santo precisa desde já aprimorar a forma como se vende lá fora.

É por tudo isso que as imagens do Cais das Artes ocupado neste domingo (27) foram alvissareiras. E devem servir de estímulo nessa retomada das obras, tanto por parte do governo do Estado quanto por parte da população. Muito dinheiro já foi dispensado a essa obra, é imprescindível  que ela cumpra prazos para evitar ainda mais desperdícios.  

O tempo passou, e nada apaga os erros e problemas que envolveram a obra, concebida para colocar o Espírito Santo no radar dos grandes eventos culturais do país e do mundo. As luzes e as cores que enfeitaram o concreto exposto do Cais das Artes no último domingo foram uma prévia animadora disso.

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