Colunista de Famosos

É o amor! Zezé Di Camargo quer comprar casa com Graciele no Espírito Santo

Cantor sertanejo, que completa 30 anos de carreira nesta segunda (19), também reforça vontade de ser pai do filho da capixaba e fala de orgulho de Wanessa Camargo: “Era para estar além do que está. É uma das melhores cantoras do Brasil”

Vitória / Rede Gazeta
Publicado em 19/04/2021 às 13h02
A jornalista Graciele Lacerda e o noivo, o cantor Zezé Di Camargo
A jornalista Graciele Lacerda e o marido, o cantor Zezé Di Camargo. Crédito: Caldi Comunicação/Divulgação

Há 30 anos, Zezé Di Camargo e Luciano deram o primeiro grande passo para desfrutarem, hoje, do sucesso que têm: era lançada “É o Amor”.

A música já foi tocada em novelas, considerada uma das maiores composições do século, verdadeiro hino romântico em milhares de festas sertanejas pelo Brasil afora. E até hoje os versos refletem bastante o que o pai de Wanessa Camargo, autor da melodia, diz ser: “Uma metamorfose ambulante. Eu gosto de ir contra o óbvio, o que é mais cômodo. Prefiro o caminho mais difícil”.

Em entrevista exclusiva à coluna, Zezé adianta que atualmente tem um fonte de inspiração para esse tipo de música especial – a esposa, Graciele Lacerda. Com ela, ele confidencia que pretende comprar uma casa no Espírito Santo, de onde a influenciadora é natural, e também reforça que quer ter um filho com a capixaba. “Sou vasectomizado há mais de 10 anos, tem que ter calma, sabedoria, é um sonho nosso que a gente tem certeza que vai concretizar, mas tudo tem a hora certa”, diz.

Zezé Di Camargo

Artista

"O Espírito Santo me deu coisas maravilhosas na minha vida. Meu genro (Marcus Buaiz) e a mulher que eu amo "
Camilla Camargo, Graciele Lacerda, Leonardo Lessa, Zezé Di Camargo, Marcus Buaiz e Wanessa Camargo: dia de sol em Guarapari, no Espírito Santo
Camilla Camargo, Graciele Lacerda, Leonardo Lessa, Zezé Di Camargo, Marcus Buaiz e Wanessa Camargo: dia de sol em Guarapari, no Espírito Santo. Crédito: Reprodução/Instagram @marcusbuaiz

Para comemorar não só essas conquistas mas todas as outras que teve ao longo dessas três décadas, ele e o irmão planejaram uma série de ações e shows que já teriam começado (a data exata do aniversário de carreira é nesta segunda, dia 19). “Mas tudo vai depender de como será com a pandemia. Temos um cruzeiro marcado para novembro, que ao que tudo indica vai acontecer, mas os shows não podemos fazer”, pondera.

Sobre planejamento, Zezé confessa que não é lá dos mais ligados nos planos para o futuro. “Não tem futuro. Chega um momento da vida que a gente só quer viver com qualidade. Quero continuar vivendo... Vivendo com um filho que vai vir, comigo e com Graciele, cuidar dos meus do jeito que sempre quis - com a minha mãe morando comigo agora -... E quero saúde”.

Durante o bate-papo, ele também declara o orgulho que tem de Wanessa, a filha que seguiu os passos na música, mas contrapõe: “Ela sabe cantar, é uma ótima cantora. Com a capacidade dela, era para ela estar muito além do que ela está”.

Os irmãos e artistas Zezé Di Camargo e Luciano
Os irmãos e artistas Zezé Di Camargo e Luciano. Crédito: Reprodução/Instagram @zezedicamargo.luciano

Hoje, 30 anos depois, “É o Amor”, de Zezé e Luciano, é diferente do que era naquela época?

Quando você fala de música romântica, as coisas não mudam. É claro que você usa um vocabulário diferente, mas a temática é a mesma. Acho que talvez, se fosse feita hoje, o arranjo mudaria, a gente usa um instrumento em cada época, tem sempre o instrumento da moda. A gente faria um arranjo de sanfona se fosse hoje. E talvez, se fosse hoje, (a música) não seria eternizada como foi. No ano 2000, a Globo fez um festival, que participei com Luciano, com as 100 músicas do século. ‘É o Amor’ está entre estas 100 músicas do século. Talvez cantar ‘É o Amor’ hoje não teria esse sucesso todo, não iria perpetuar como perpetuou nesses anos todos.

O que acha que inspiraria vocês hoje a produzir um hit desse gabarito?

Eu falo mais eu, porque a música é minha. Eu produzi, fiz arranjo e o Luciano participou cantando. Então, acho que a inspiração seria a mesma, que é falar de amor, cantar aquilo que me faz ficar emocionado. Até hoje, quando eu canto, fico emocionado. A inspiração já vem com a gente desde quando a gente quis fazer música.

E qual é o sentimento de se chegar aos 30 anos de carreira? Como definiria a sensação?

As sensações são várias, mas uma delas é a de dever cumprido. Você ter uma música no coração das pessoas, não tem preço. A pessoa começou a se entender como gente, ele aprende ‘É o Amor’. A sensação é de dever cumprido e de responsabilidade também. Quantas pessoas se amaram, casaram e conheceram alguém ao som de ‘É o Amor’? Quantas pessoas já me contaram que fizeram filhos ao som de ‘É o Amor’? (risos). Então, as sensações são várias.

E por que acha que, até hoje, a música se consagrou como um hino atemporal? A que atribui o sucesso?

A música romântica não tem prazo de validade. (Zezé começa a cantar) ‘detalhes tão pequenos de nós dois’, ‘como é grande o meu amor por você’, ‘é o amor’... Nada disso vai deixar de existir. E quando você fala desses sentimentos, a música romântica estará presente. E ‘É o Amor’ é uma música que fala disso, é só olhar para o título, e talvez seja esse o motivo que a fez ter o sucesso todo.

De lá para cá, com certeza, muita coisa mudou. Mas se arrepende de algo? Ou faria algo diferente?

É muito difícil responder isso. A cada hora que passa, você se torna um ser humano diferente, que pensa diferente. Eu parafraseio sempre uma frase musical do Raul Seixas: 'Prefiro ser essa metamorfose ambulante'. Acho que a gente tem que ter essa capacidade. E me incluo nisso, de ser esse ser. E como vanguardista, eu gosto de ir contra o óbvio, o que é mais cômodo, prefiro o caminho mais difícil.

Mas se arrepende de algo?

Tudo isso me faz não me arrepender de nada, não. E, como eu disse, a toda hora nós nos fazemos pensar de formas diferentes, mas sempre evoluindo. Acho que é isso.

E acham que o sertanejo de hoje faria tanto sucesso se não fossem precursores como vocês abrindo portas lá atrás? Aliás, como avaliam esse mercado atualmente?

Cada artista foi contribuindo com uma parcela nas mudanças e trazendo para o sertanejo algo mais. Os que vieram antes da gente também. E as pessoas que hoje fazem sucesso, muitas são realmente sertanejas. Outas nem tanto. Mas acho que todos dão prosseguimento a essa estrada. Sempre digo que a gente veio, estamos passando o bastão para outra turma, daqui a pouco eles vão passar o bastão... O primeiro astronauta, o primeiro cientista... Com certeza, ele contribuiu para o cara que trabalha hoje. A vida é um processo.

Muitas das músicas sertanejas falam de amor, romance, relacionamentos... Graciele, atualmente, seria ou é inspiração para Zezé compositor?

Com certeza. Graciele já foi inspiração de várias canções, é atualmente e será no futuro com certeza. Inspiração para música, para tudo. Ela faz sentido em tudo na minha vida, com certeza.

Falando em esposa... E filhos, Zezé? Volta e meia, “Graciele mãe” vem à tona na internet, mas vocês realmente já planejam isso?

Já planejamos há algum tempo. Estou em um processo agora de tornar realidade. Sou vasectomizado há mais de 10 anos. Tem que ter calma, sabedoria, é um sonho nosso que a gente tem certeza que vai concretizar, mas tudo tem a hora certa. E depende da nossa vontade e da natureza.

E com relação a Wanessa, especificamente... Qual é a lição que quer ou tenta deixar como pai, como artista...?

Acho que, como pai, é mais fácil deixar essa relação para os filhos, a maneira como você tem que se dirigir àqueles que vieram antes de você, para facilitar sua vida, sua caminhada. Artisticamente não tenho nenhum conselho a dar para ela não, porque cada um constrói sua história da sua maneira. Ela sabe cantar, é uma ótima cantora. Com a capacidade dela, era para ela estar muito além do que ela está. Wanessa é uma das maiores cantoras do Brasil hoje.

E por Graciele e Marcus, seu genro, como define sua relação com o Espírito Santo, já que os dois são capixabas?

Eu lembro muito do Espírito Santo quando eu era ainda muito novo. Eu tinha uma imagem distante do Espírito Santo, achava que nunca ia conhecer, até porque para gente aqui, de Goiânia, o mar é muito distante. O Espírito Santo, Vitória, era um sonho inatingível, um conto de fadas que jamais ia acontecer. De repente, minha filha casa com um capixaba, eu conheço uma capixaba e começo a ter uma relação familiar. Se eu tiver um filho com Graciele, vou ter um filho de uma pessoa que nasceu no Espírito Santo. E falo que o pai dos meus netos é do Espírito Santo. Não tem como não torcer pelo Estado. Vou muito a Vitória e Vila Velha. Pretendo ter uma casa no Espírito Santo. Eu e Graciele estamos pensando em comprar uma casa para curtir as coisas boas daí, receber a família dela... E vamos ter, com certeza.

E como será a festa dos 30 anos da dupla?

Preparamos várias coisas, mas essas comemorações estão sendo frustrantes, porque, com a pandemia, está difícil. Mas temos o cruzeiro É o Amor, com vários convidados, que acho que vamos conseguir sair em novembro. Tem também uma websérie já gravada com convidados: Ivete, Luan, Thiaguinho, Alexandre Pires, Marília Mendonça. Ela já está gravada, é só lançar. Também temos shows, mas tudo depende muito da pandemia. Não dá para fazer um show, comemorando 30 anos, se não for com nossos fãs. Para isso, temos que esperar.

Planos para o futuro que possa adiantar?

Não tem futuro. Chega um momento da vida que a gente só quer viver com qualidade. Quero continuar vivendo... Vivendo com um filho que vai vir, comigo e com Graciele, cuidar dos meus do jeito que sempre quis - com a minha mãe morando comigo agora -... E quero saúde. Quer que Deus dê saúde para todos nós, para o povo brasileiro todo. Que a gente tenha autoridades no poder para cuidar bem do nosso País e do nosso povo.

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