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PTB vai indicar vice de Manato e espera Roberto Jefferson em convenção

Manato é pré-candidato ao governo do Espírito Santo. Já o presidente de honra do PTB está em prisão domiciliar

Vitória
Publicado em 07/07/2022 às 02h10
Ex-deputado federal Carlos Manato
Ex-deputado federal Carlos Manato. Crédito: Lissa de Paula/Ales

O ex-deputado federal Carlos Manato (PL) tem o apoio do PTB na corrida pelo governo do Espírito Santo e, por enquanto, nenhuma outra sigla integra a aliança. Assim, na convenção do PTB, a ser realizada no próximo dia 24, os petebistas vão indicar um nome para ser o vice na chapa do ex-parlamentar.

Manato ressalta, no entanto, que, se outro aliado surgir, as coisas podem mudar. "Se vier um partido grande eu vou ter que oferecer a vice a um partido grande", adiantou.

O Tenente Assis, militar da ativa do Corpo de Bombeiros, que não pode se filiar a partido, participa ativamente das articulações do PTB e deve passar a integrar a legenda no dia da convenção, como estabelece a lei eleitoral.

Assis admite que a chegada de uma nova sigla ao grupo pode fazer com o que o partido fique sem a vice, mas, a preço de hoje, um petebista, ainda não definido, vai ser o parceiro de Manato.

O Partido Trabalhista Brasileiro que, como o nome sugere, teve origem no trabalhismo, com Getúlio Vargas, evocou, desde o início, traços do positivismo e da socialdemocracia. Ligado a sindicatos, foi, por muitos anos, mais afeito à esquerda.

Hoje, é uma sigla bolsonarista. Assis, pré-candidato a deputado federal, é o principal nome da legenda no estado. Já no país, a estrela do PTB é o ex-deputado federal Roberto Jefferson.

Jefferson ganhou os holofotes após revelar, ao jornal "Folha de S. Paulo", em 2005, o esquema do "mensalão". O então deputado fazia parte da negociação de votos no Congresso e acabou condenado por isso. Cumpriu pena e depois, ganhou a liberdade.

O ex-deputado, no entanto, atualmente cumpre prisão domiciliar, por ter gravado vídeos com ameaças e ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal.

Assis, entretanto, diz que Jefferson, presidente de honra do PTB, vai aparecer na convenção do partido no Espírito Santo, em Vila Velha, no próximo dia 24.

Mesmo preso, o ex-parlamentar é pré-candidato a deputado federal no Rio de Janeiro.

"Ele está em prisão domiciliar, mas o processo dele desceu para a primeira instância. Então faltam detalhes, segundo o advogado, para liberarem ele, até porque ele é candidato e não está inelegível, deve ser liberado para concorrer em condições de igualdade com os demais candidatos", afirmou Assis à coluna nesta quarta-feira (6).

Manato, por sua vez, diz que "não tem nada de Roberto Jefferson", no sentido de que o condenado no mensalão não vai aparecer na convenção do PTB do Espírito Santo. "Ele está com problema ainda", complementou. O problema é a prisão domiciliar.

Quanto à vaga de vice na chapa, Manato reforçou que "se ficar só PTB e PL, o vice é do PTB, de preferência alguém da segurança pública".

A convenção do PL estadual vai ser realizada no dia 30 de julho. O pré-candidato ao governo vai aguardar até lá.

Mas garante que não está fazendo movimentos para derrubar outros pré-candidatos.

O campo da direita está congestionado. Além de Manato, há na disputa pelo Palácio Anchieta: o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), o ex-prefeito de Linhares Guerino Zanon (PSD), o ex-secretário da Fazenda de Vitória Aridelmo Teixeira (Novo) e o deputado federal Felipe Rigoni (União Brasil). O ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos (Rede), que se diz de direita, esquerda e de centro, também está no páreo.

Todos querem bater o governador Renato Casagrande (PSB), que, até agora, lidera as pesquisas de intenção de voto.

Manato não acha ruim ter diversos nomes do mesmo núcleo ideológico postulando o mesmo cargo. Se, por um lado, isso pode dividir votos, por outro facilita a realização de um segundo turno.

"Estimulo todos a serem candidatos, para jogarmos isso para o segundo turno", afirmou o pré-candidato do PL.

Manato apareceu, em pesquisa realizada pelo Ipec divulgada em 2 de maio, com 11% das intenções de voto, empatado com Contarato em segundo lugar.

Correção

7 de julho de 2022 às 15:42

Originalmente, a coluna registrou que o ex-prefeito de Linhares Guerino Zanon é filiado ao MDB. Foi um lapso. Ele saiu do MDB e está no PSD. A informação foi corrigida.

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