Se tem uma coisa que qualquer um que anda pelas ruas já percebeu é que os SUVs tomaram conta do país. E isso não é exagero. Ao parar num semáforo e contar quantos carros altos, com visual robusto, estão ao seu redor, é fácil constatar essa informação. O que antes era exceção, agora, virou regra.
E os números mostram exatamente isso. Hoje, mais da metade dos carros vendidos no Brasil são SUVs. A categoria representa algo em torno de 55% das vendas de veículos novos, o que mostra como o gosto do brasileiro mudou, e mudou rapidamente.
A verdade é que o consumidor quer um carro que entregue conforto, espaço interno, boa altura do solo e, claro, visual imponente. E os utilitários prometem oferecer tudo isso em modelos que vão desde os compactos mais acessíveis até os de luxo, cheios de tecnologia embarcada.
Os SUVs estão entre os veículos mais vendidos do país. Basta ver o ranking: dos 10 mais vendidos até agora, em 2025, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), cinco são utilitários: o VW T‑Cross (SUV mais vendido no Brasil e terceiro lugar de automóveis mais emplacados, com 53.551 unidades até agora), seguido do Hyundai Creta (7° veículo mais vendido, com 39.032 unidades), Toyota Corolla Cross (8° lugar com 36.955 unidades), Honda HR-V (9° lugar com 36.086 unidades) e Chevrolet Tracker (10° lugar com 34.212 unidades).
Isso sem falar nas novas marcas que vêm crescendo rápido, como a BYD e a GWM, que já chegaram com SUVs eletrificados muito competitivos: na lista dos mais vendidos da Fenabrave a BYD tem o Song (21° lugar com 20.647 unidades) e o Yuan (50° lugar com 3.230 unidades), e a GWM, por enquanto, o Haval H6 (26° mais vendido com 16.012 unidades).
Enquanto os SUVs seguem crescendo, os hatches e sedãs estão encolhendo. O sedã, que já foi símbolo de status e conforto, hoje está mais restrito a públicos específicos. E o hatch, que era o carro de entrada mais desejado, perdeu espaço para os SUVs compactos, que oferecem um pouco mais por uma diferença de preço que, na cabeça do consumidor, compensa.
Essa mudança no mercado é muito mais do que uma questão de moda. É comportamento. É desejo de ter um carro mais “presença” e que ao mesmo tempo se encaixa na rotina. Seja para a cidade, seja para pegar estrada.
Vale frisar que é fundamental estudar e testar bem o modelo escolhido. Visto que dois pontos de atenção nos SUVs compactos, mesmo prometendo maior espaço interno, é tanto em relação ao conforto dos passageiros quanto no espaço para levar bagagens. O que, eventualmente, alguns modelos deixam de entregar em uma dessas exigências ou até mesmo nas duas.
De qualquer modo, o Brasil virou um país de SUVs. E quem ainda duvida disso, só precisa olhar ao redor no dia a dia nas ruas.
MAIS GABRIEL DE OLIVEIRA
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