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Como as marcas chinesas estão mudando o mercado automotivo no Brasil

Com a chegada de novos modelos do país asiático, surgem também novas oportunidades e estratégias no setor a nível nacional; entenda o cenário

Vitória
Publicado em 22/07/2025 às 10h50
Atualizado em 22/07/2025 às 10h50
BYD Dolphin Mini ou BYD Seagull
O BYD Dolphin Mini é um dos carros chineses presentes no mercado brasileiro. Crédito: BYD/Divulgação

O mercado automotivo brasileiro vive um momento de transformação profunda. Enquanto marcas tradicionais lutam para manter a relevância em um cenário competitivo e tecnológico, as montadoras chinesas avançam com força, trazendo produtos cada vez mais alinhados com as demandas do consumidor moderno – que exige, em muitos casos, conectividade, eletrificação e custo-benefício.

Marcas como BYD, GWM (Great Wall Motors) e a Omoda & Jaecoo já não são novidade apenas em salões de automóveis ou vídeos de especialistas no YouTube. Elas estão nos shoppings, nas ruas e, principalmente, no radar de quem busca um carro novo em 2025. A presença crescente desses fabricantes chineses é mais do que uma tendência, é uma realidade do mercado.

A BYD, por exemplo, não apenas se consolidou como a principal vendedora de carros eletrificados no país, como também iniciou a montagem local de veículos, assumindo parte da antiga fábrica da Ford na Bahia. A GWM segue o mesmo caminho, investindo pesado em produção nacional e tecnologia híbrida com o Haval H6, que já figura entre os SUVs mais vendidos.

O avanço chinês também influencia diretamente na estratégia das montadoras tradicionais. Marcas como Volkswagen, Fiat e Chevrolet têm acelerado o lançamento de versões híbridas e 100% elétricas para não ficarem para trás. Quem ganha com isso é você, consumidor, pois dessa maneira surgem mais opções, incluindo opções com mais tecnologia embarcada.

No entanto, o mercado brasileiro não é fácil. Apesar do avanço das chinesas, algumas marcas não conseguiram manter presença, como é o caso da Neta, que, mesmo após anunciar planos ambiciosos, já está tendo dificuldade de atuar no Brasil, mostrando que o jogo exige mais do que bons produtos, é preciso entender o mercado local, oferecer pós-venda eficiente e construir confiança.

Para o consumidor capixaba, este novo cenário representa uma oportunidade única de acesso a tecnologias que antes pareciam distantes. Capaz de influenciar na escolha desde o primeiro teste-drive até a conta de energia ao carregar o carro em casa, a nova fase da indústria automotiva exige também um novo olhar do comprador.

O Brasil está deixando de ser apenas um mercado de consumo e se tornando, pouco a pouco, um campo estratégico para a inovação automotiva global.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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