Jornalista de A Gazeta há 10 anos, está à frente da editoria de Esportes desde 2016. Como colunista, traz os bastidores e as análises dos principais acontecimentos esportivos no Espírito Santo e no Brasil

Nova Venécia e Real Noroeste caíram de pé na Copa do Brasil

Time capixabas fizeram com que seus jogos não fossem um abismo de diferença técnica. Mostraram uma competitividade digna de orgulho. Que os trabalhos sigam em evolução para que o final seja feliz na Série D

Nova Venécia e Real Noroeste venderam caro suas eliminações na Copa do Brasil
Nova Venécia e Real Noroeste venderam caro suas eliminações na Copa do Brasil. Crédito: Bruno Corsino/ACG e Fernando Alves/ECJuventude

Representantes do Espírito Santo nas competições nacionais em 2022, Nova Venécia e Real Noroeste foram eliminados da Copa do Brasil, na segunda fase do torneio, nesta semana. Porém, os times capixabas têm muito do que se orgulhar por suas trajetórias na competição. Caíram de pé. Foram eliminados por times da elite do futebol brasileiro, mas venderam muito caro o resultado.

Se tem algo que o futebol capixaba precisa é de renovar sua esperança, e se o acesso à Série C do Campeonato Brasileiro ainda não veio, a Copa do Brasil mostra que nos últimos anos os times do Espírito Santo aprenderam a se portar contra equipes de maior investimento. O Serra superou o Remo na primeira fase em 2019, o Vitória bateu o CSA em 2020, o Rio Branco derrotou o Sampaio Corrêa em 2021. A temporada 2022 trouxe pela primeira vez dois clubes locais à segunda fase da competição: Nova Venécia e Real Noroeste. A evolução é notória.

Apesar de todos os times acima citados terem encerrado suas trajetórias na segunda fase, a forma como isso ocorreu em 2022 foi muito digna. O Leão foi derrotado por 2 a 1 pelo Atlético-GO em um jogo em que não se apequenou e lutou bravamente dentro de suas possibilidades. E tudo isso longe de seus domínios, onde todos imaginavam que seria presa fácil para o Dragão. Não foi.

O Real Noroeste jogou muito mais que o Juventude, mas acabou derrotado por 1 a 0. Pois, justiça no futebol é gol. As falhas individuais acabaram sendo cruciais para a eliminação dos merengues. Sofreu o gol em uma bola defensável, perdeu pênalti e desperdiçou bons ataques. Porém, nada do que se envergonhar quando se é um time de Série D diante de um adversário de Série A.

A eliminação dos dois times neste ano me lembrou do Vitória em 2020, que quando o jogo já se encaminhava para os pênaltis sofreu um gol do Avaí que fez o Salvador Costa murchar. E isso após ter disputado boa parte do jogo com um jogador a mais que o rival. Um dia trágico.

Se essas derrotas doem, já que deixam um gostinho de que era possível vencer, elas também mostram que a profundidade da Série D se torna cada vez mais rasa. Afinal o que falta para um time que se porta bem na Copa do Brasil consiga superar rivais na Série D e subir de nível no futebol nacional? O que Serra, Vitória e Rio Branco não fizeram que Nova Venécia e Real Noroeste podem fazer esse ano?

É claro que é difícil encontrar essas respostas. O futebol é cheio de nuances. Mas dar sequência a um trabalho já ajuda muito. Espero que Nova Venécia e Real Noroeste façam bom uso do R$ 1,4 milhão que cada um arrecadou na competição nacional e que a postura ousada diante de time fortes no futebol nacional se repita na Série D do Campeonato Brasileiro.

O torcedor capixaba merece ver um time em ascensão e esse objetivo acena que está ficando mais próximo. A moral está elevada para esperar os próximos capítulos.

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