Repórter / [email protected]
Publicado em 25 de janeiro de 2023 às 12:09
O número de raios que atingem o Espírito Santo cresceu 12% no ano passado, conforme dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat). Para o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), o aumento registrado na comparação com 2021 tem relação com o aquecimento global. Durante o temporal dessa terça-feira (24), o Estado teve a maior incidência do país.>
Em entrevista dada à TV Gazeta, o coordenador do Elat, Osmar Pinto Junior, declarou que tempestades como a ocorrida no Estado não são comuns. "Nos últimos anos, nós não temos visto uma tempestade tão forte na madrugada, no Espírito Santo, como essa que aconteceu", afirmou. >
Dados levantados pelo Elat a pedido de A Gazeta mostram que o período com mais raios é entre a primavera e o verão. Nessas duas estações, o Estado é frequentemente atingido por zonas de convergência, sistemas que provocam muita chuva e instabilidade meteorológica.>
Segundo o pesquisador, os raios estão aumentando no Estado por causa do aquecimento global. "Com as temperaturas mais altas, existe mais umidade na atmosfera e, com isso, ocorrem mais tempestades e mais tempestades intensas", explicou Osmar Pinto Junior.>
>
Para o especialista, a tempestade ocorrida na madrugada dessa terça-feira (24) em território capixaba pode ser um prenúncio de uma situação que pode se repetir nos próximos anos, com mais frequência.>
O número de quase 900 mil raios em um ano apenas no Espírito Santo chama atenção e levanta dúvidas sobre como é feita essa contagem pelo Elat. O coordenador do grupo esclareceu que há duas formas diferentes de fazer tal medição: a primeira por uma rede de sensores na superfície e a segunda com monitoramento de satélites.>
"Quando um raio acontece, ele emite radiação eletromagnética. Os 100 sensores espalhados pelo país captam essa radiação, a gente processa a informação e consegue descobrir quantos raios foram, onde caíram e a intensidade deles. A nossa contagem usa também dados de satélite, as duas fontes", disse.>
Segundo o pesquisador, o lugar mais seguro para ficar durante uma tempestade com raios é dentro de um carro. "Apesar de um carro ser 100% seguro, pois nunca morreu uma pessoa no mundo, o veículo, se for atingido, pode sofrer avarias significativas", citou Osmar.>
O coordenador do Elat também citou como exemplo um caso em Goiás, que aconteceu na semana passada, em que uma caminhonete foi atingida por uma antena de rádio e teve problemas na rede elétrica. A pessoa que estava dentro do automóvel, no entanto, não ficou ferida. >
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta