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Pacheco adia votação que muda orçamento secreto para próxima sessão do Congresso

Pacheco adia votação que muda orçamento secreto para próxima sessão do Congresso

Projeto estabelece regras para distribuição das emendas de relator; Supremo Tribunal Federal analisa se proposta está de acordo com a Constituição

Publicado em 15 de dezembro de 2022 às 17:37

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Iander Porcella e Débora Álvares

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), adiou para a próxima reunião do Congresso, provavelmente na terça-feira (20), a votação do projeto de resolução que muda as regras de distribuição do orçamento secreto. A discussão da matéria foi encerrada no plenário, mas o senador preferiu adiar a votação para que as sessões de hoje da Câmara e do Senado sejam realizadas.

"As instâncias são independentes. O que nós estamos fazendo nesse projeto de resolução é, considerando o instituto das emendas de relator inseridas no ordenamento jurídico, gostem ou não, concordem ou não, aprimorá-lo pelos critérios de transparência, impessoalidade, distribuição dos recursos", declarou Pacheco, ao ser questionado por parlamentares sobre o julgamento do orçamento secreto no Supremo Tribunal Federal (STF).

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. (Marcos Oliveira/Agência Senado)

Em seu parecer, entregue esta manhã, o relator do projeto de resolução, senador Marcelo Castro (MDB-PI), manteve a estrutura apresentada pelos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Pacheco, que subscreveram o texto. O PL não trata em nenhum momento sobre a questão da transparência das emendas de relator.

O projeto prevê que 80% das emendas serão distribuídas proporcionalmente por bancadas e 7,5% para cada uma das Mesas Diretoras de cada uma das Casas do Congresso. Também destina 5% para a Comissão Mista do Orçamento. Destaca que "pelo menos 50% das indicações realizadas pelo relator-geral deverão ser executadas em ações e serviços públicos de saúde, educação e de assistência social".

O projeto é uma das tentativas dos parlamentares de se contrapor ao julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal, do orçamento secreto. A análise da ação foi retomada nesta tarde, após um duro voto nesta quarta (14), da presidente da Corte, Rosa Weber, que declarou a total inconstitucionalidade das emendas de relator.

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