Publicado em 25 de março de 2020 às 18:38
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, enfatizou que a posição do governo para combater a pandemia de coronavírus "é uma só" e continua sendo isolamento e distanciamento entre as pessoas.>
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que pediria ao Ministério da Saúde mudança na orientação de isolamento durante a pandemia. A recomendação defendida pelo presidente é que o distanciamento seja adotado apenas para idosos e pessoas com comorbidades (outras doenças). Na terça-feira (24) à noite, o presidente fez um pronunciamento em que criticou governadores por medida de isolamento e minimizou o coronavírus.>
Em coletiva de imprensa após reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal, órgão que preside, Mourão declarou que o presidente pode não ter se expressado da melhor forma em pronunciamento na véspera, quando criticou o confinamento orientado por autoridades.>
"A posição do nosso governo, por enquanto, é uma só. A posição do governo é o isolamento e o distanciamento social", disse Mourão. O vice ponderou que a orientação para isolamento está sendo discutida.>
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"Ontem o presidente buscou colocar e pode ser que ele tenha se expressado de uma forma, digamos assim, que não foi a melhor. Mas o que ele buscou colocar é a preocupação que todos nós temos é com a segunda onda", afirmou o vice-presidente, explicando que a segunda onda são os impactos na economia.>
A fala do presidente foi bastante criticada por especialistas e a oposição. Ele se referiu ainda ao novo coronavírus como "gripezinha" ou "resfriadinho" e disse que se for contagiado não terá forte impacto em sua saúde por seu histórico de atleta, embora não haja respaldo científico para esta afirmação. >
Mourão foi então questionado pela reportagem sobre a divergência entre o discurso do presidente, que defende isolamento apenas de pessoas mais velhas e mais vulneráveis, e da orientação do Ministério da Saúde e da OMS (Organização Mundial da Saúde), que falam em distanciamento social para todos os cidadãos. >
"Existe uma discussão no mundo entre o isolamento horizontal e o isolamento vertical que são pessoas que pertence ao grupo de risco e as que têm convívio com elas. A minha visão por enquanto é que temos que terminar esse período que estamos em isolamento para que haja calibragem da forma como está avançando a epidemia no país e, a partir daí, se possa gradativamente ir liberando as pessoas dentro de atividades essenciais para que a vida vegetativa do país prossiga." >
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