Publicado em 21 de março de 2020 às 18:27
O presidente Jair Bolsonaro divulgou na tarde deste sábado (21), nas redes sociais, um vídeo em que afirma que o hospital Albert Einstein deu início a pesquisas sobre o uso de cloroquina e da hidroxicloroquina - substâncias usadas normalmente no combate ao vírus da malária, ao lúpus e à artrite reumatoide - no combate ao novo coronavírus. >
Apesar da falta de evidências científicas robustas de que a medicação funcione, o presidente decidiu comunicar isso a seus seguidores. >
Bolsonaro afirmou ainda que o governo usará o laboratório químico e farmacêutico do Exército para ampliar a produção das substâncias e que o Brasil deverá manter o estoque do medicamento, e que a produção nacional não será vendida a outros países.>
O remédio Reuquinol, que contém as substâncias, já está em falta nas farmácias, prejudicando quem realmente precisa as pessoas que têm lúpus, por exemplo.>
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu comunicado alertando sobre o uso das substâncias hidroxicloroquina e cloroquina. Segundo o órgão, "não há estudos conclusivos que comprovam o uso desses medicamentos para o tratamento do coronavírus. Assim, não há recomendação da Anvisa, no momento, para uso em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação". A Anvisa ressalta ainda que a automedicação pode representar um grande risco para a saúde. >
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), já prevendo que o Judiciário deve ser acionado por pessoas que querem ter acesso a cloroquina e da hidroxicloroquina, divulgou um parecer para orientar juízes. >
De acordo com o documento, a eficácia e a segurança dos medicamentos em pacientes com COVID-19 é incerta e seu uso de rotina para esta situação não pode ser recomendado até que os resultados dos estudos em andamento possam avaliar seus efeitos de modo apropriado. >
Com informações da Agência Brasil>
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