Publicado em 2 de abril de 2020 às 17:35
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a minimizar a pandemia do novo coronavírus nesta quinta-feira (2), quando disse "desconhecer qualquer hospital que esteja lotado" e afirmou que as consequências econômicas das medidas de isolamento social tomadas pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), não vão cair em seu colo.>
"Eu desconheço qualquer hospital que esteja lotado. Desconheço. Muito pelo contrário. Tem um hospital no Rio de Janeiro, um tal de Gazolla [Hospital Municipal Ronaldo Gazolla], que se não me engano tem 200 leitos. Só tem 12 ocupados até agora", afirmou o presidente, na entrada do Palácio da Alvorada.>
Jair Bolsonaro (sem partido)
Presidente da RepúblicaA nova rodada de críticas ocorre apenas dois dias depois de Bolsonaro ter feito um apelo por união em rede nacional de rádio e televisão, com o objetivo de coordenar esforços no enfrentamento da doença.>
O presidente fez as declarações para um grupo de apoiadores que o esperava em frente à residência oficial.>
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Na conversa, novamente criticou governadores e disse que problemas ocasionados pela paralisação da economia em São Paulo, como queda na arrecadação estadual, não vão cair em seu colo.>
"Tem uma ponte que foi destruída, que é a roda da economia, o desemprego proporcionado por alguns governadores. Deixar bem claro: alguns governadores. Porque daqui a pouco vai a imprensa falar que eu estou atacando governador. Em especial [o] de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Se eu não me engano, Rio Grande do Sul prorrogou [isolamento social] por mais 30 dias", queixou-se o presidente.>
Doria e Carlos Moisés (PSL), de Santa Catarina, foram os principais destinatários dos ataques do presidente nesta quinta.>
"Esse Carlos Moisés, pelo amor de Deus! Mais um que se elegeu com meu nome", disse Bolsonaro, numa crítica a medidas de fechamento do comércio e de isolamento social tomadas pelo governador.>
Sobre Doria, um dos seus principais antagonistas, Bolsonaro disse que o tucano "acabou com o comércio de São Paulo" e agora quer ajuda federal para resolver o problema da queda de arrecadação.>
Ele argumentou que as ações tomadas por Doria, por serem excessivas, se converteram num "veneno".>
"Acabou ICMS, vai ter dificuldade para pagar a folha agora, com toda certeza, nos próximos um ou dois meses. E [Doria] quer agora vir pra cima de mim. Tem que se responsabilizar pelo que fez. Ele tem que ter uma fórmula agora de começar a desfazer o que ele fez de excesso há pouco tempo", sustentou.>
Jair Bolsonaro
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