Publicado em 22 de maio de 2020 às 13:00
O governo trocou nesta sexta-feira (22) os comandos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), ambos vinculados ao Ministério da Justiça.>
Na PRF, saiu Adriano Marcos Furtado e assumiu Eduardo Aggio de Sá. No Depen, Tânia Maria Matos Ferreira Fogaça entrou no lugar de Fabiano Bordignon. As mudanças foram publicadas no Diário Oficial da União desta sexta.>
Em reunião ministerial no dia 22 de abril, Bolsonaro reclamou da divulgação de uma nota oficial da PRF que lamentava a morte de um integrante da corporação por coronavírus.>
No dia anterior, a PRF havia divulgado uma manifestação de pesar pela morte de Marcos Roberto Tokumori, 53, ocorrida naquela madrugada. Ele atuava em Santa Catarina.>
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A nota oficial informava que a morte ocorrera devido à Covid-19. "A doença, a Covid-19, não escolhe sexo, idade, raça ou profissão", disse a nota, assinada pelo diretor-geral da PRF, Adriano Furtado. "Contra ela, Marcos lutou bravamente", ressaltou. >
Segundo relatos feitos à reportagem, Bolsonaro criticou na reunião de 22 de abril o tom da nota, alegando que poderia assustar as pessoas e que não levava em conta possíveis comorbidades de Tokumori.>
Esta reunião foi gravada em vídeo e o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decide nesta sexta-feira sobre dar ou não publicidade ao material.>
Formada em direito, até o momento Tânia Fogaça era superintendente Regional da Polícia Federal no Rio Grande do Norte. Também é professora de cursos de formação e aperfeiçoamento profissional ministrados pela Academia Nacional de Polícia.>
Ela foi coordenadora operacional do Centro de Cooperação Policial Internacional da Copa do Mundo, em 2014, e integrou o grupo de trabalho que idealizou o inquérito policial eletrônico da PF.>
O Depen é o órgão executivo que acompanha e controla a aplicação da Lei de Execução Penal e das diretrizes da Política Penitenciária Nacional. É responsável pelo sistema penitenciário federal.>
Também formado em direito, Eduardo Sá trabalhou no gabinete de transição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e estava lotado na Secretaria-Geral da Presidência da República como assessor especial. Antes, era assessor especial na Secretaria de Governo. Já atuou na Secretaria Nacional de Segurança Pública e no Departamento de Polícia Rodoviária Federal.>
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