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Publicado em 24 de junho de 2025 às 16:56
Muitas pessoas adotam o hábito de fazer cardio em jejum na busca por emagrecimento, seja pela preferência por treinar logo pela manhã, por não gostar da sensação de ter comida no estômago durante o treino ou pela influência das redes sociais no mundo fitness. Mas será que essa prática realmente funciona no processo de perda de peso?>
Segundo o educador físico Daniel Fitaroni, da Rede Wellness, fazer o cardio em jejum não é para todo mundo. "Pessoas com hipoglicemia, diabetes e distúrbios alimentares, por exemplo, não devem adotar essa prática. Grávidas e lactantes também devem evitar.", reforçou. >
O profissional conta que muitas pessoas relatam melhora na perda de gordura, mas isso depende de muitos fatores — como o tipo de treino, o tempo de jejum e o preparo do corpo para isso. >
O nutricionista Julio Augusto explica que o cardio em jejum, geralmente realizado pela manhã, após 8 e 12 horas de jejum noturno, é uma estratégia popular entre praticantes de atividade física com o objetivo de aumentar a queima de gordura corporal. A justificativa mais comum para treinar em jejum é que, com os níveis de glicose mais baixos, o corpo passa a queimar gordura como fonte de energia. "No entanto, nem sempre essa estratégia é eficaz. O emagrecimento verdadeiro está ligado ao déficit calórico — ou seja, gastar mais calorias do que se consome", diz.>
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Ele conta que o treino em jejum tem como objetivo aumentar a oxidação de gordura, promover adaptações metabólicas e melhorar a eficiência energética. "Mas sua eficácia depende do contexto nutricional, intensidade do exercício e da individualidade biológica", conta o nutricionista.>
O profissional alerta que treinar em jejum de forma frequente e sem orientação pode causar perda de massa muscular, fadiga crônica e desequilíbrios metabólicos. >
Julio Augusto
NutricionistaNão é qualquer pessoa que pode fazer treino em jejum. Embora seja seguro para muitas pessoas saudáveis, existem riscos e possíveis efeitos colaterais como tontura, fraqueza e dor de cabeça. "Diabéticos, pessoas com transtornos alimentares, gestantes e lactantes, pessoas com pressão baixa ou histórico de desmaios e indivíduos em uso de medicamentos hipoglicemiantes devem evitar a prática".>
Para a personal trainer Brenda Vencioneck, não adianta só jejuar. "Ficar longos períodos de jejum sem a orientação de um profissional pode gerar perda de massa muscular, efeito rebote (ganho de peso ainda maior após um período de perda) e compulsões". >
É importante frisar que alguns sinais de alerta precisam ser levados em conta. Tontura, enjoo, baixa energia, visão turva, dor de cabeça e tremores são alguns dos sinais de que a prática pode não estar funcionando tão bem. A longo prazo, o jejum feito de maneira incorreta pode causar déficit de nutrientes e até alterações hormonais. >
O desempenho físico varia de pessoa para pessoa, e por isso, o acompanhamento profissional é essencial. Enquanto em atividades leves o jejum pode ser tolerado, em treinos mais intensos ele pode comprometer o rendimento e até provocar riscos. No fim das contas, o que funciona para uns pode ser prejudicial para outros — e quando o assunto é saúde, individualidade e orientação são palavras-chave. >
Brenda Vencioneck
Educadora físicaO nutricionista Julio Augusto diz que penas ficar em jejum por longos períodos não garante emagrecimento saudável. "É preciso ter equilíbrio nutricional, ingestão adequada de nutrientes e manter um déficit calórico controlado. Sem isso, o jejum isolado pode até causar perda de massa magra ou efeito rebote", finaliza. >
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