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Pandemia eleva casos de herpes simples; veja como prevenir e tratar

Pandemia eleva casos de herpes simples; veja como prevenir e tratar

O vírus pode aparecer em qualquer parte do corpo, porém é mais comum se manifestar nos lábios, no rosto ou nos genitais. É fundamental fortalecer a imunidade para evitar crises recorrentes

Publicado em 3 de agosto de 2020 às 19:55

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Mulher usando protetor labial
Para prevenção é fundamental usar o protetor labial porque o sol desencadeia o vírus herpes simples. (Freepik)

É só a imunidade baixar que ele aparece. Primeiro é o formigamento nos lábios, uma coceira... até que eclodem as bolhas. Dias depois elas se transformam em feridas.  Estamos falando do herpes, que pode ser o Herpes simples, o responsável pelas feridas labiais e genitais; o Varicelazoster, causador da catapora; e do herpes- zóster. Os vírus do herpes simples aparecem em duas variações. O tipo 1 atinge principalmente os lábios. E tipo 2, promove as lesões genitais.

Com a pandemia do coronavírus muita gente viu a imunidade cair e o estresse aumentar. Com isso, o herpes simples também apareceu. "Nesta época de incertezas e preocupações por causa da pandemia, as noites mal dormidas e uma possível rotina desregrada podem causar baixa imunidade, que é um agravante para o surgimento do herpes", diz a dermatologista Irene Baldi. 

A dermatologista Ana Flávia Moll explica que o herpes simples, que é mais recorrente e costuma dar nos lábios e na região genital, é um vírus bastante comum. "Cerca de 90% da população adulta já teve contato com ele e tem esse vírus no organismo, mas de uma maneira latente, ou seja, ele está ali sem provocar lesão. Porém, algumas pessoas, pela própria genética, têm a tendência a desenvolver as lesões causadas pelo vírus. E, geralmente, ele é reativado em situações de queda de imunidade, ou seja, quando estamos estressados, preocupados, a defesa do sistema imunológico cai e o vírus que estava de maneira latente se reativa e passa a provocar a lesão, mas, em geral, isso acontece em quem tem essa tendência a reativar o vírus", explica.

A dermatologista Karina Mazzini conta que entre os principais fatores para o surgimento do vírus simples estão a exposição à luz solar intensa, fadiga física, estresse, febre e outras infecções que provoquem a baixa da imunidade. "A doença se manifesta com lesões vesiculosas, bolhosas, lembrando um ‘cachinho de uva’, que normalmente aparecem nos lábios - sendo a localização mais comum - mas pode aparecer em outras áreas do corpo", diz.

Imunidade forte

orientação na prevenção das crises recorrentes é, principalmente, fortalecer a imunidade e tratar os fatores psicológicos. "Manter a imunidade forte é a principal dica, além de praticar atividades físicas, ingerir muito líquido e ter uma dieta saudável. E evitar exposição prolongada ao sol, sem proteção. E, claro, evitar o estresse, mas, por conta da pandemia, diversas pessoas estão tendo esta dificuldade", alerta Karina Mazzini.

Não existem alimentos que podem intensificar o efeito do herpes simples e devem ser evitados, mas a médica Irene Baldi recomenda evitar o consumo de café, farinha branca e alimentos ricos em açúcar porque são pró-inflamatórios, que dificultam a recuperação.

"Talvez algum alimento muito ácido provoque ressecamento ou ferida na boca que possa piorar o herpes, enquanto alimentos com vitamina C e zinco conferem uma proteção contra o vírus, pois ajudam na imunidade", acrescenta Ana Flávia Moll.

Tratamento

Karina Mazzini diz que o tratamento pode ser realizado com medicamento oral ou tópico. "Mas também deve-se evitar furar o herpes, beijar ou falar muito próximo das pessoas, além de lavar sempre bem as mãos após manipular as feridas".

A prevenção é usar protetor labial porque o sol desencadeia o vírus. Nas outras localizações é mais difícil, então é importante ter hábitos que mantenham uma boa imunidade. "O tratamento de modo geral é feito com antiviral oral, em geral com duração de 5 a 7 dias. Se o paciente tem reativações frequentes do vírus, o tratamento é a longo prazo. Em algumas situações, usamos a L lisina, um aminoácido que possui como função aumentar a imunidade ou até uso do antiviral de forma regular para evitar que a lesão apareça", explica Ana Flávia Moll.

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