Publicado em 18 de novembro de 2020 às 09:48
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) completou nesta terça-feira (17) dez dias sem reconhecer Joe Biden como presidente eleito dos Estados Unidos. >
As principais emissoras dos Estados Unidos projetaram a vitória de Biden no sábado (7), quando ele tinha 273 votos no colégio eleitoral.>
Na sexta (13), a vantagem do democrata sobre o republicano Donald Trump ficou ainda maior quando ele atingiu o respaldo de 306 delegados, ao conquistar o Arizona e a Geórgia.>
Para chegar à Casa Branca, o candidato precisava obter ao menos 270 de 538 votos possíveis. Trump alcançou, segundo as projeções, 232 votos.>
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O republicano tem posto em xeque as projeções e, sem apresentar provas, dito que houve votos ilegais no pleito. Com o argumento, o atual presidente americano foi à Justiça e pediu a recontagem de votos em alguns estados.>
No domingo (15), Trump pareceu ter reconhecido pela primeira vez que Biden venceu as eleições em um post nas redes sociais, mas voltou atrás horas depois.>
"Ele ganhou porque a eleição foi fraudada", postou Trump no Twitter, sem se referir a Biden pelo nome. A rede social adicionou um aviso na postagem de que as alegações do atual presidente são duvidosas.>
Cerca de uma hora depois, em um novo post, Trump voltou atrás, dizendo que "não reconhece nada" e que Biden só foi o vencedor para a "imprensa de fake news".>
Segundo assessores diretos de Bolsonaro, o presidente só deverá reconhecer a vitória de Biden quando acabar a recontagem dos votos, houver a formalização da vitória do democrata ou se Trump admitir antes a derrota.>
Na quinta-feira (12), Bolsonaro questionou a apoiadores, de forma irônica, se as eleições já haviam acabado nos EUA.>
O Colégio Eleitoral se reúne no dia 14 de dezembro, quando deve ser formalizada a vitória de Biden.>
Desde o dia em que foi declarado eleito, o democrata já recebeu o cumprimento da maioria dos líderes mundiais, entre os quais aliados de Trump, como os premiês de Reino Unido (Boris Johnson) e Israel (Binyamin Netanyahu).>
Na sexta, a China parabenizou a chapa democrata pela vitória, ampliando o isolamento de Bolsonaro.>
Diferentemente do mandatário, o vice-presidente Hamilton Mourão admitiu a vitória de Biden.>
Mourão ressaltou, no entanto, que sua opinião sobre o caso era uma posição pessoal e que o reconhecimento do novo presidente dos EUA é responsabilidade de Bolsonaro.>
"Como indivíduo, eu reconheço [os números da apuração da eleição americana], mas temos que olhar que eu não respondo pelo governo", disse. Depois, o vice-presidente voltou a afirmar que a ação de reconhecimento caberia a Bolsonaro e que isso "brevemente vai acontecer".>
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