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Publicado em 27 de janeiro de 2020 às 11:37
- Atualizado há 6 anos
Localização, tamanho, quantidade de quartos, estrutura de lazer e, principalmente, se o valor cabe no bolso. Esses são alguns fatores levados em consideração na hora de comprar um imóvel. >
A oferta de financiamento pelos bancos é uma alternativa para quem não tem possibilidade de comprar a casa própria à vista, e as quedas recentes nas taxas de juros favorecem essa opção. Mas especialistas alertam que é preciso cautela antes de assinar o contrato.>
O economista e professor universitário Ricardo Paixão, orienta que se faça muita pesquisa, antes da decisão, já que é uma compra que pode gerar impacto por até 30 anos.>
“O primeiro passo, para casais com filhos, é reunir a família e conversar. Isso é importante, porque a aquisição do imóvel é um investimento que vai comprometer o orçamento da família durante um período longo. É preciso que todos entendam como prioridade”, orienta.>
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O segundo passo, segundo ele, é uma pesquisa para indicar tamanho e valor do imóvel, opções de localização, avaliar se o valor do metro quadrado está dentro da realidade local e se a estrutura da região atende a família.>
Para saber se as parcelas estão compatíveis com o orçamento, um caminho é fazer simulação nos sites dos bancos. “É importante entender as tarifas cobradas e a diferença entre taxa de juros e custo efetivo total (CET). O CET envolve todos os outros elementos que na primeira informação podem não ser destacados. Às vezes, os juros num banco são menores, mas outros itens, como o seguro obrigatório, impactam no valor das prestações”, afirma Ricardo.>
Segundo ele, é importante também se inteirar sobre o sistema de amortização da dívida: os mais comuns são a tabela Price e o sistema de Amortização Constante (SAC). “No primeiro, as parcelas são fixas, embora o contrato preveja correção do saldo devedor, e a prestação pode sofrer uma pequena variação. Já no sistema SAC, as prestações diminuem ao longo do tempo.”>
O especialista em crédito e mercado imobiliário Marcelo Prata, fundador da Resale, uma plataforma de compra de imóveis retomados, indica uma pesquisa prévia de todos os produtos de crédito disponíveis. >
Prata observa que, recentemente, foi lançada uma linha de crédito mais barata, com o valor corrigido pelo IPCA, que mede a inflação. Mas, normalmente, o financiamento é corrigido pela TR, que é bem menor que a inflação. “No CET, não dá para considerar a correção, ele engloba juros, seguros e taxas. No final das contas, mesmo o CET sendo menor, minha sugestão ainda é optar pelo financiamento corrigido pela TR.”>
Para quem quer sair do aluguel, a dica do consultor é juntar dinheiro para dar uma entrada maior, e a prestação ficar parecida com o que paga de aluguel. >
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