Publicado em 14 de outubro de 2019 às 11:01
Comprar um imóvel é algo que requer planejamento. Afinal, trata-se de um investimento considerável e a longo prazo, no caso de um financiamento. Para quem deseja dar esse passo ainda neste ano, é preciso se preparar, mas especialistas dizem que é possível. >
Se o desejo é se mudar imediatamente, para uma casa ou apartamento pronto, é preciso ter em mente que será necessário ter, pelo menos, 20% do valor para a entrada. Se ainda não tem essa poupança, um caminho pode ser a compra na planta, onde tem a opção de pagar uma entrada de 5% a 10%, diluir de 30% a 40% no período da construção, e financiar o restante, orienta o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-ES), Sandro Carlesso.>
Se a obra estiver em fase de conclusão, é importante se preparar para uma parcela maior, referente ao habite-se certificado de conclusão do empreendimento emitido pela prefeitura, atestando que o imóvel pode ser habitado. O valor do documento representa de 5% a 10% do preço do imóvel.>
Também para quem está planejando um financiamento, o primeiro passo, segundo Carlesso, é fazer uma simulação, geralmente disponível nos sites dos bancos, para saber qual a capacidade de pagamento. Pode também ir até o gerente de sua conta e buscar essa informação, que vai depender da renda, do valor do imóvel e das prestações. É importante focar a procura por imóveis que estejam dentro dessa capacidade de compra, explica Carlesso.>
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Normalmente, o valor das prestações não pode ultrapassar 30% da renda bruta da família. O presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis (Sindimóveis-ES), Ary Bastos, observa que o ideal é estar com outras dívidas quitadas nesse momento. Com a chegada do fim do ano, o 13º salário pode ajudar nesse planejamento, seja para quitar dívidas ou contribuir para o valor da entrada. >
O agente financeiro vai avaliar se o interessado tem outros compromissos que comprometam a renda, como empréstimos e financiamento de veículo. Se couberem no orçamento e estiverem em dia, tudo bem.>
Bastos acrescenta que é importante também pesquisar onde deseja morar ou investir. É preciso avaliar muito o aspecto local, qual a estrutura do bairro, e se atende às necessidades da família em todos os aspectos, como lazer, serviços, educação, comércio próximo. Tudo que possa otimizar o tempo e garantir mais qualidade de vida.>
Ele ressalta que esse momento de baixa da taxa Selic favorece quem deseja fazer um investimento em imóveis, seja para morar, seja para ter retorno com a valorização. Para isso, é importante selecionar uma boa localização e ter bem definida sua capacidade financeira, para obter um bom retorno, destaca o corretor.>
Economia
Ao financiar, é preciso dar entrada de 20% do valor do imóvel. Na compra na planta, o valor à vista pode ser menor, de 5% a 10% do imóvel. O restante é diluído durante a obra
Pagamento
Faça uma simulação para saber qual a capacidade de pagamento, ou seja, até quanto pode custar o imóvel e as prestações. É possível usar o FGTS para abater parte do valor financiado
Dívidas
As prestações podem chegar a 30% da renda bruta familiar do comprador. Mas é preciso ter atenção: nesse cálculo, são incluídas outras dívidas, como financiamento de veículo e empréstimos
Despesas
Reserve dinheiro para despesas como documentação, em torno de 5% do valor do bem, e parcela referente ao Habite-se, de 5% a 10% do preço do imóvel.
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