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Publicado em 14 de outubro de 2024 às 18:26
A Serra é única cidade do Espírito Santo em que a disputa pelo comando do Executivo municipal só será decidida no segundo turno de votação, marcado para o dia 27 de outubro. Estão no páreo Weverson Meireles (PDT), ex-secretário de Estado de Turismo, e o deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos), primeiro e segundo colocados no primeiro turno, respectivamente. Apesar de liderar as pesquisas de intenção de voto durante a fase de campanhas, o ex-prefeito Audifax Barcelos (PP) terminou a corrida eleitoral em terceiro lugar e deu adeus ao sonho de um quatro mandato à frente do município serrano.>
Os dois candidatos já receberam apoio de parte dos candidatos que disputaram a Prefeitura da Serra nas eleições deste ano, mas foram derrotados nas urnas. Wylson Zon, candidato a prefeito pelo Novo, declarou apoio a Pablo Muribeca no segundo turno. Ele terminou a corrida eleitoral em sexto lugar, com 0,38% dos votos válidos.>
A expectativa era que Muribeca, por possuir identificação político-partidária com o PL, também recebesse apoio declarado do vereador Igor Elson (PL), que saiu da disputa para prefeito da Serra com 7,66% dos votos válidos, encerrando a participação no pleito na quarta colocação. No entanto, conforme mostrou a colunista Letícia Gonçalves, de A Gazeta, o parlamentar e sua legenda na cidade optaram pela neutralidade, não apoiando nenhum dos dois candidatos.>
O candidato do PT, Professor Roberto Carlos, quinto colocado na corrida pelo Executivo serrano, com 3,07% dos votos, fez vídeo e encaminhou comunicado, dois dias após o primeiro o turno, realizado no dia 6, declarando apoio a Weverson. Conforme o petista, o candidato lançado por Sergio Vidigal (PDT), atual prefeito da cidade, tem melhor projeto de governo para a população. >
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O que acontece é que a manifestação de apoio do candidato petista não surtiu efeito positivo no núcleo pedetista, principalmente entre a equipe que coordena a campanha de Weverson. No último sábado, o PDT municipal, presidido por Alessandro Comper, se manifestou, por meio de nota oficial, negando a declaração de Roberto Carlos.>
De acordo com Comper, nunca houve qualquer movimento do PDT em busca de apoio do PT para reforçar a candidatura de Weverson no segundo turno das eleições.>
“Não buscamos nem pretendemos formalizar alianças com outros partidos além dos que já fazem parte do nosso grupo”, reforça o presidente que, no comunicado, ainda cita que o candidato do partido tem sido alvo de fake news. Vale ressaltar que o apoio do petista é oficial e foi feito pelo próprio em suas redes sociais, não se tratando, portanto, de uma notícia falsa ou descontextualizada. >
A fala do dirigente do PDT na Serra tem a ver com fato de o PT ser um partido com grande resistência entre os leitores da Serra. O candidato da legenda inclusive liderou os índices de rejeição na cidade durante as pesquisas de intenção de voto. Procurado para comentar a afirmação de Alessandro Comper, Roberto Carlos frisou que sua manifestação é pessoal. “Não há uma aliança formal entre os partidos. A minha posição é de defender o voto em Weverson; é uma declaração de voto”, disse.>
Responsável por indicar a servidora Nilza Cordeiro como vice na chapa de Audifax, o PSDB decidiu fechar apoio a Weverson, surpreendendo o mercado político. No Espírito Santo, o PSDB é presidido pelo deputado estadual Vandinho Leite. A reunião entre o tucanato capixaba e os representantes do PDT para definir o apoio na segunda etapa de votação aconteceu na quarta-feira (9).>
"Diante do cenário do segundo turno, acreditamos que o Weverson é o mais preparado para governar a cidade", afirma Vandinho, no comunicado em que confirma o apoio à chapa do PDT. >
Audifax Barcelos (PP), que teve 23,96% dos votos válidos no primeiro turno, decidiu se manter neutro e não declarar apoio a nenhum dos dois candidatos que seguem na disputa pela Prefeitura da Serra. A mesma postura será adotada pelo partido dele, o Progressistas, conforme afirmou o presidente estadual da legenda, deputado federal Da Vitória. >
“Sempre disputei eleições de forma muito limpa e correta. Os projetos que apresentei para a cidade eram projetos grandes, maiores e melhores para a cidade. Considerando as histórias que vão disputar o segundo turno, que são histórias desconhecidas, duas candidaturas que são diferentes de tudo que acredito. A cidade corre riscos, em questão dessas coisas que coloquei. Diante disso tudo, eu, juntamente com meu partido, não ficaremos com nenhum dos dois candidatos”, afirma Audifax.>
Já Da Vitória garante que a postura do PP é a de seguir fielmente o entendimento de Audifax. “Nosso posicionamento é de endossar a posição da nossa maior liderança na Serra. Nem sempre ganhar uma eleição é ter sucesso. Sempre fica uma identidade e construção de novas ideias”, aponta o deputado federal.>
Desde o final do primeiro turno, o candidato Antonio Bungenstab, do PRTB, que teve 0,07% dos votos para prefeito na Serra, tem sido procurado para falar sobre quem vai apoiar no segundo turno do pleito. Ainda não houve retorno aos contatos feitos pela reportagem.>
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