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Vereadores de Vitória que aprovaram tíquete se recusam a dar entrevista

Vereadores de Vitória que aprovaram tíquete se recusam a dar entrevista

A reportagem da TV Gazeta esteve na Câmara, acompanhando a sessão e em seguida tentou falar com os vereadores sobre a aprovação do auxílio-alimentação

Publicado em 6 de agosto de 2025 às 22:01

Câmara de Vereadores de Vitória
Câmara de Vereadores de Vitória Crédito: Ricardo Medeiros

A maioria dos vereadores da Câmara de Vitória se recusou a repercutir, nesta quarta-feira (6), a aprovação em regime de urgência urgentíssima, em sessão plenária realizada na segunda-feira (4), de um projeto de resolução que reajustou de R$ 1.197,60 para R$ 1.250,00 o valor do auxílio-alimentação pago aos servidores da Casa de Leis e que estendeu o acesso do benefício aos parlamentares da Capital.

A reportagem da TV Gazeta esteve na Câmara, acompanhando a sessão. Em seguida, tentou falar com os vereadores sobre a aprovação do auxílio-alimentação.

O repórter Alberto Borém permaneceu no plenário da Casa de Leis por mais de três horas. Ele chegou por volta das 10h da manhã e saiu do local no início da tarde.

Momento em que grupo de vereadores cerca repórter da TV Gazeta
Momento em que grupo de vereadores cerca repórter da TV Gazeta Crédito: Reprodução/TV Gazeta

No período em que a reportagem esteve na Câmara, foi pedido tanto a assessores quanto aos próprios vereadores que gravassem entrevista repercutindo a criação do auxílio-alimentação, porém sem sucesso.

Ao final da sessão, quando estavam saindo do plenário, os parlamentares voltaram a ser abordados pela reportagem da TV Gazeta, para comentar o projeto aprovado na segunda-feira. Alguns nem sequer responderam à solicitação do repórter Alberto Borém.

Já os que pararam para falar com o profissional afirmaram que só se manifestariam em uma reportagem ao vivo. Imagens registradas pela equipe da TV Gazeta mostram o repórter acuado por um grupo de parlamentares.

Somente a vereadora Ana Paula Rocha (Psol) aceitou conceder entrevista. Ela e o vereador Professor Jocelino (PT) foram os únicos a votarem contra o projeto que criou o benefício.

“No município, ainda não teve reajuste para os servidores municipais. Não teve reajuste anual do magistério. Então, por isso a gente achou que não dava para votar no tíquete-alimentação [aos vereadores]. O nosso mandato não vai requerer o auxílio”, afirmou a parlamentar.

E-mail enviado pela reportagem contradiz presidente da Câmara

Um e-mail encaminhado pela reportagem da TV Gazeta na tarde da terça-feira (5) contradiz a versão dada pelo presidente do Legislativo da Capital, Anderson Goggi (PP), de que não teria sido procurado por meio de sua assessoria para falar sobre o tema.

O documento mostra que foi feito pedido de entrevista com o chefe da Casa de Leis, porém não houve resposta à solicitação.

A reportagem de A Gazeta votou a procurar Anderson Goggi na noite desta quarta-feira, por meio de ligação telefônica. Ele afirmou que não tem e-mail como seu principal meio de comunicação, além de reforçar que somente se manifestará sobre a aprovação do auxílio-alimentação em matéria ao vivo.

ENTENDA O CASO

De autoria da Mesa Diretora, o projeto de criação do tíquete aos vereadores foi votado e aprovado no mesmo dia em que começou a tramitar no Legislativo da Capital. A proposta recebeu 16 votos favoráveis e 2 contrários. A Câmara de Vitória conta com 21 vereadores. O presidente não vota, nesse caso.

O auxílio junta-se a um salário de mais de R$ 17 mil recebido pelos veredores. Em 2023, os vereadores da legislatura anterior aprovaram reajuste salarial para os parlamentares de Vitória, que passou a valer neste ano. Com o aumento, a remuneração praticamente dobrou, saltando de R$ 8.966,26 para R$ 17.681,99 — um índice de 97%.

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