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Publicado em 14 de março de 2022 às 19:20
O deputado federal Felipe Rigoni (União Brasil) confirmou, nesta segunda-feira (14), que planeja disputar as eleições para o governo do Espírito Santo. O lançamento oficial da pré-candidatura está previsto para a quinta-feira (17), mas o parlamentar já se articula para tentar suceder Renato Casagrande (PSB) no comando do Palácio Anchieta. Para Rigoni, o ciclo do socialista e do ex-governador Paulo Hartung (sem partido) acabou. >
O pré-candidato assumiu, na última quinta-feira (10), a presidência estadual do União Brasil, partido recém-criado a partir da fusão do PSL e do DEM e que está no espectro político de centro-direita. E é à frente da legenda que Rigoni busca alianças para sustentar sua candidatura, a qual se baseia na ideia de um novo ciclo de desenvolvimento para o Estado. >
"O Espírito Santo vive ciclos políticos de aproximadamente 20 anos. Essa é a nossa história nos últimos 100 anos, se você for observar. Nesse ciclo de 20 anos que a gente viveu agora, os protagonistas foram Paulo Hartung e Renato Casagrande. Foi um ciclo importante para o Espírito Santo. O Estado saiu da série D do campeonato e agora está na série A, especialmente no equilíbrio das contas públicas", afirmou Rigoni, ao apresentar um manifesto do União Brasil com os eixos que pretende implementar em uma eventual administração. >
Rigoni continuou: "Mas foi um ciclo que acabou. Termina neste ano, com este último mandato de Renato. Precisamos entender e montar o projeto para o próximo ciclo. Essa é a minha principal função. Sou pré-candidato para montar esse projeto e iniciar esse novo ciclo, com um novo grupo e novas ideias para o nosso Estado".>
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Casagrande e Rigoni já foram aliados. O deputado era filiado ao PSB, mesmo partido do governador, e se candidatou a deputado federal, em 2018, com o apoio do socialista. Ele deixou a legenda no ano passado e, em dezembro, ingressou no União Brasil. Questionado sobre a atual posição diante do chefe do Executivo, Rigoni não se colocou como oposição ao governo, mas argumentou que, por melhor que tenha sido a gestão de Casagrande ou de Hartung, o Espírito Santo precisa começar um novo ciclo.>
O projeto consolidado só deve ser apresentado pelo pré-candidato em junho, mas ancorado em três eixos: eficiência, desenvolvimento econômico e liberdade de escolha. Rigoni leve esses conceitos para as conversas com lideranças porque, segundo ele, as alianças deverão ser fechadas entorno dessa proposta. >
"Minha candidatura vai montar e discutir esse projeto. Dialogaremos com todas as candidaturas, proporcionais e majoritárias, que queiram cumprir esse projeto com a gente", afirmou. >
Perguntando se o União Brasil já encontrou aliados em outras legendas, Rigoni disse que o momento agora não é de buscar apoio partidário, mas de construir a chapa proporcional. A perspectiva, segundo o pré-candidato, é eleger pelo menos dois deputados federais e de três a cinco estaduais, dependendo da coligação formada. >
O parlamentar falou que também não há um nome para compor a eventual chapa ao governo como vice, nem candidatura para o Senado Federal. Essas indicações, afirmou Rigoni, ainda serão construídas. >
Toda a movimentação em torno de uma pré-candidatura própria ao governo do Estado encontra resistência no próprio partido, sobretudo de lideranças e candidatos alinhados com Casagrande, porém Rigoni não considera, na conjuntura atual, desistir da disputa ao Palácio para concorrer à reeleição e disse que "só tem o plano A." >
E mesmo não se colocando como oposição, perguntado se seria um caminho para, eventualmente, apoiar a candidatura de Casagrande à reeleição, o deputado disse. "Ou para ele apoiar a minha. Se ele quiser me apoiar, se o Paulo Hartung quiser me apoiar, não há problema nenhum. Não sou contra ou a favor desse ciclo, eu sou pós", concluiu. >
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