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Piúma pagou R$ 2,2 milhões para empresa investigada na Operação Rubi

Piúma pagou R$ 2,2 milhões para empresa investigada na Operação Rubi

Ministério Público do Espírito Santo cumpriu mandados na cidade nesta quinta-feira (17), na segunda fase da operação que investiga direcionamento de contratos e pagamento de propinas.

Publicado em 17 de outubro de 2019 às 19:15

Sede da Prefeitura de Piúma: prefeito foi afastado após ser alvo de operação Crédito: Prefeitura de Piúma/Divulgação

A Prefeitura de Piúma pagou cerca de R$ 2,2 milhões para a empresa Limpeza Urbana, investigada na Operação Rubi, somente ao longo de 2019. Os números são do Portal da Transparência do município.

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Piúma pagou 2,2 milhões de reais para empresa investigada na Operação Rubi

Nesta quinta-feira (17), o Ministério Público Estadual (MPES) deflagrou a segunda fase da operação. A suspeita é de superfaturamento e direcionamento de contratos em troca de propina. O prefeito da cidade foi afastado das funções. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados a ele e a empresas.

Um dos alvos da busca e apreensão foi Fernando Bassul, empresário de Piúma. Nas investigações da primeira fase da operação ele apareceu como alguém que seria o responsável por intermediar a relação entre a Limpeza Urbana e a Prefeitura de Piúma. 

Na fase deflagrada nesta quinta, a empresa Fortaleza Ambiental também foi alvo de mandados. Bassul não aparece nos registros atuais da Junta Comercial como sócio dessa empresa. Contudo, ela estaria funcionando, em Piúma, em endereço ligado a ele. A reportagem fez contato com a empresa de Bassul, mas não obteve retorno.  

FORTALEZA AMBIENTAL

A Fortaleza Ambiental é a empresa que, hoje, tem contrato de prestação de serviços como varrição e poda de árvores. Segundo o Portal da Transparência, recebeu R$ 174,2 mil em pagamentos da prefeitura nos últimos meses. 

A Limpeza Urbana foi alvo da primeira fase e teve sócios presos. Um deles, Marcelo Marcondes Soares, foi detido dentro da residência do casal que comanda a política de Presidente Kennedy - a prefeita afastada Amanda Quinta, que foi presa estava presa e foi solta em setembro, e seu companheiro, José Augusto de Paiva, que teve a liberdade negada pela Justiça nesta quinta-feira. Soares foi solto após celebrar um acordo de colaboração premiada.

Em entrevista à TV Gazeta, o prefeito José Ricardo da Costa, conhecido como professor Ricardo (PDT), negou irregularidades. Disse que a determinação de afastamento foi "um rigor muito grande" contra ele. Disse, ainda, que "fofocas" podem ter o prejudicado.

"A gente acha que foi um rigor muito grande, mas não cabe a mim julgar o rigor. Não conseguimos enxergar motivos para isso. Fofocas existem em todos os lugares. E fofocas podem levar a uma busca e apreensão", afirmou.

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