Publicado em 31 de outubro de 2019 às 21:29
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a criticar a estrutura das carreiras do serviço público e a defender uma reforma administrativa. Em debate durante evento nesta quinta-feira (31), em Vitória, reclamou dos mecanismos que permitem a remuneração dos servidores públicos a chegar rapidamente ao teto do funcionalismo.>
Maia disse que o quadro é semelhante nos três Poderes federais. Ele defende que as carreiras tenham critérios para remuneração ao longo dos anos. "Tem que ter uma carreira. Ninguém pode chegar a R$ 30 mil em cinco anos. Tem que chegar ao longo de 20 anos", comentou, antes de complementar:>
"Qual é o objetivo do servidor público hoje? O extrateto. Pode o servidor público ganhar produtividade sobre o que produz? Precisa o auditor fiscal ganhar produtividade? Como todo mundo está perto do teto, o extrateto é o objetivo. Temos que ter um Estado em que salário inicial comece mais baixo e, provando mérito, eficiência, melhoria da podutividade, ele mereça depois de 20 ou 25 anos, ganhar R$ 30 mil", frisou.>
Hoje, o teto do funcionalismo é R$ 39,2 mil, equivalente ao salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Os mecanismos que descontam remunerações acima desse valor não englobam algumas verbas, como as indenizatórias e alguns tipos de bônus.>
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O presidente da Câmara também defendeu salários iniciais semelhantes nos diferentes Poderes para que o Estado não sofra com desfalques por conta da migração de servidores.>
"A questão da reforma administrativa tem que ser baseada na reforma dos três Poderes. Os salários precisam ser no mesmo patamar. Às vezes o servidor faz concurso para uma carreira, aí depois sai dali e pula para cá. Abre uma vaga, e quanto custa o concurso público? Algumas carreiras estimulam esse tipo de mudança", frisou.>
Maia esteve em Vitória nesta quinta-feira (31) para o 7º Fórum Liberdade e Democracia, do Instituto Líderes do Amanhã. No evento, defendeu o fortalecimento das instituições democráticas, elogiou a safra de novos congressistas e evitou comentar a defesa de um "novo AI-5" feita por Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ).>
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