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O passo a passo da votação de PECs polêmicas na Assembleia Legislativa

O passo a passo da votação de PECs polêmicas na Assembleia Legislativa

Com sequência de sessões ordinárias convocadas, sendo três no mesmo dia, propostas tramitam mais rapidamente

Publicado em 20 de novembro de 2019 às 16:49

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Deputados em sessão ordinária nesta quarta-feira (20). (Tati Beling)

Coincidentemente ou não, duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) tramitam na Assembleia Legislativa do Espírito Santo e movimentam o plenário e os bastidores da Casa. Elas têm, em tese, um longo caminho a seguir, mas uma sequência de sessões foi convocada para encurtar esse trâmite

Uma delas diz respeito às regras para aposentadoria dos servidores públicos. A PEC 27/2019 altera, por exemplo, a idade mínima de aposentadoria das mulheres de 55 para 62 anos e dos homens de 60 para 65 anos. É uma adequação local ao que já foi definido pelo Congresso Nacional. 

A outra PEC é a 28/2019, que permite a antecipação da data da eleição da Mesa Diretora, o comando da própria Assembleia. 

Em vez de ocorrer, como previsto, em 1º de fevereiro de 2021, o pleito se daria “em data e horário previamente designados pelo Presidente da Assembleia Legislativa, antes do início do terceiro ano de cada legislatura”. 

Ou seja, até 31 de dezembro de 2020. A PEC, proposta pela atual Mesa Diretora, encabeçada por Erick Musso (Republicanos) e endossada por ao menos 22 deputados, pode ser uma forma de facilitar a vida do próprio Musso em busca de uma eventual reeleição. 

PECs têm um rito determinado pelo regimento interno do Legislativo estadual. Antes de irem a votação, têm que passar por três sessões em discussão. Como, excepcionalmente, nesta quarta-feira (20) são realizadas três sessões ordinárias, esta fase será superada em apenas um dia. As sessões têm que ser ordinárias, e não extras, ou não valem para a contagem do prazo.

A partir daí é necessária a apresentação de um relatório pela constitucionalidade ou não das propostas.

No caso da PEC da antecipação da eleição, na comissão especial foi designado o deputado Marcelo Santos (PDT) como relator. Após a apresentação do relatório, se for pela constitucionalidade e aprovado, pode haver a votação em 1º turno em plenário. A rigor, a comissão tem até 15 dias úteis para se manifestar, mas não precisa usar todo esse tempo. E nem usará. 

"Eu devo receber essa matéria, provavelmente, hoje (dia 20), para até o final de semana estar com o parecer pronto. Eu acredito que essa matéria pode ser votada na semana que vem ou na outra", afirmou Marcelo Santos.

Depois da votação em 1º turno, é preciso aguardar um intervalo de duas sessões, também ordinárias. E então vem a votação em 2º turno. PECs não precisam de sanção do governador do Estado. Passam a valer, como emendas que alteram o texto da Constituição Estadual, após promulgação por parte do presidente da Assembleia. 

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