Publicado em 23 de junho de 2021 às 11:16
O governador Renato Casagrande (PSB) defende que o PSB não deve fechar as portas para o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), nome cotado para disputar a Presidência da República nas eleições de 2022. Casagrande é um dos maiores entusiastas, dentro do partido, de uma terceira via para concorrer no próximo ano. Não há, porém, consenso no PSB sobre o posicionamento no pleito. Nesta terça-feira (22), as filiações do governador do Maranhão, Flávio Dino, e do deputado federal Marcelo Freixo (RJ) aproximaram ainda mais a sigla da frente de apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).>
"Não podemos descartar nossa conversa com o PDT, com o Ciro Gomes", afirmou Casagrande à Coluna do Estadão. O governador do Espírito Santo, que é secretário-geral da Executiva Nacional do PSB, ressaltou que uma postura da legenda só será tomada no próximo ano. >
"Gosto da ideia de achar um caminho de outra candidatura, em que o PSB possa ser protagonista desse processo, seja compondo chapa ou mesmo tendo uma candidatura. Mas como hoje não tem essa candidatura, estamos deixando para decidir ano que vem", disse. >
Ao Valor Econômico, Casagrande garantiu que o endosso à pré-candidatura de Lula feito pelos novos filiados do PSB, Dino e Freixo, "não é uma posição nacional". Ainda de acordo com o jornal, porém, hoje, na legenda, há mais diretórios inclinados a apoiar o petista do que contrários a essa aliança. Em abril, o governador do Espírito Santo se reuniu com Lula, em encontro entre dirigentes do PSB e do PT. >
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As lideranças do PSB destacaram que é importante dialogar com representantes do centro político. "Temos plena consciência da necessidade da mais ampla frente para vencer as eleições presidenciais. Existe espírito de grandeza, capacidade de vencer obstáculos e ver além do binômio esquerda e direita", disse o presidente do PSB, Carlos Siqueira. >
Siqueira afirmou ainda que não vê "obstáculos insuperáveis" para formar a frente que for necessária para defender a democracia e combater o autoritarismo.>
Para a Coluna do Estadão, o presidente do PDT, Carlos Lupi, ao comentar a possibilidade de um alinhamento do PSB com Lula em 2022, disse que opções partidárias são individuais e pessoais, mas opções de candidaturas são partidárias e coletivas. >
"Temos a candidatura de Ciro Gomes, colocada desde a última eleição, não fazemos teatro de faz de conta. Cada partido tem sua estratégia e uma eleição de dois turnos é para isso. No segundo turno, os mais próximos de sua identidade ideológica se apoiam. Assim o faremos e esperamos que cada partido faça", disse Lupi. >
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