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MPES pede ajuda para identificar golpistas que agiram em Brasília

MPES pede ajuda para identificar golpistas que agiram em Brasília

Além do Ministério Público, Polícia Federal, Ministério da Justiça e Ministério Público Federal também disponibilizam canais para denúncias sobre envolvidos nos ataques aos Três Poderes

Publicado em 9 de janeiro de 2023 às 15:00

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Móveis e vidros quebrados no Senado Federal após ataques terroristas promovidas por bolsonaristas, em Brasília (DF)
Móveis e janelas danificados no Senado Federal após ataques. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Informações que possam levar à identificação dos manifestantes golpistas que participaram da invasão de prédios e da depredação do patrimônio público em Brasília (DF) estão sendo solicitadas à população pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES).

Ao ser questionada sobre o assunto, a procuradora-chefe do MPES, Luciana Andrade, disse: “Toda colaboração popular em identificar eventuais participantes dos movimentos em Brasília pode ser direcionada à nossa Ouvidoria do MPES”.

Podem ser enviadas denúncias, informações, fotografias, áudios, vídeos e prints de redes sociais que possam ajudar nas investigações e na identificação dos organizadores e dos participantes dos atos violentos. O material poderá auxiliar nas investigações que já estão sendo conduzidas pela instituição.

MPES pede ajuda para identificar golpistas que agiram em Brasília

Qualquer informação poderá ser encaminhada aos canais da Ouvidoria do MPES, pelo telefone 127 ou por aplicativo do MPES.

Informações ao STF

A pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), os atos antidemocráticos realizados em frente ao 38º Batalhão de Infantaria, bem como os bloqueios ocorridos em rodovias federais, já estavam sendo investigados pelo MPES desde o ano passado.

Apurações que revelaram o envolvimento de suspeitos em milícias digitais e em uma milícia privada na organização de atos antidemocráticos no Espírito Santo. Também está sendo investigada  a contratação de pessoas para ficarem em frente ao 38º Batalhão de Infantaria do Exército, na Prainha, Vila Velha.

No local se concentraram manifestantes inconformados com a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das Eleições 2022. Desde que saiu o resultado das urnas, no dia 30 de outubro, algumas pessoas permanecem acampadas em frente ao quartel do Exército, algumas até dormem lá.

"Chegou ao nosso conhecimento que pessoas têm pedido demissão dos seus empregos para serem contratadas pelo movimento. Então, a gente está apurando isso", ressaltou a chefe do MPES, após a cerimônia de diplomação dos eleitos realizada em 19 de dezembro, na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES).

Outros órgãos nacionais

Outros órgãos federais também estão se mobilizando para receber informações sobre os golpistas que realizaram depredações na Praça dos Três Poderes, em Brasília e promoveram atos antidemocráticos em todo o país. Dentre eles está a Polícia Federal, que disponibilizou um e-mail para receber as informações.

Ministério da Justiça também disponibilizou um e-mail. Confira:

Ministério Público Federal (MPF) também disponibilizou um espaço para o envio de informações, via Sala de Atendimento ao Cidadão.

O documento entregue ao STF, junto com o de outros estados, resultou na decisão daquela Corte e em uma megaoperação realizada pela Polícia Federal.

No Espírito Santo foram presas três pessoas — uma quarta está foragida —, além do uso de tornozeleira eletrônica determinada para dois parlamentares.

Luciana Andrade acrescentou que há apurações em andamento no próprio MPES, na Polícia Civil e na Polícia Federal relacionadas às manifestações bolsonaristas, que incluem a busca de informações sobre quem está financiando os atos e quem são os responsáveis por organizá-los.

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