Repórter / anunes@redegazeta.com.br
Publicado em 4 de novembro de 2025 às 19:48
Membro titular da CPI do Crime Organizado, o senador Marcos do Val (Podemos) elaborou uma lista com nomes de autoridades e criminosos que poderão ser ouvidos durante os trabalhos da comissão, que foi instalada nesta terça-feira (4) no Senado Federal. Até mesmo um foragido, que consta no rol de procurados da Interpol, foi relacionado pelo capixaba. Confira:>
Para organizar a listagem, Do Val conta que adotou a seguinte lógica: >
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Com as autoridades, Do Val avalia que pode ter um ponto de partida para os trabalhos da CPI pelo conhecimento que detêm de facções e outros grupos criminosos. "Assim, não precisamos partir do zero", argumenta. >
Já entre os condenados, que poderão ser interrogados por videochamada, o senador espera que possam dar pistas da atuação do crime organizado, mesma expectativa em relação ao foragido André do Rap. >
Identificado por Do Val como liderança logística de drogas e rotas, com ordem de captura internacional e alerta máximo da Interpol, André do Rap é procurado há cinco anos. Reportagem do G1 no mês passado revela que as forças de segurança já verificaram mais de 40 lugares no Brasil e no exterior à procura do traficante do Primeiro Comando da Capital (PCC), até hoje sem sucesso.>
Questionado sobre a dificuldade de convocar um foragido, Do Val afirma que, na CPI, a sua ideia é que os membros sejam divididos antes das oitivas dos grupos. Assim, enquanto alguns senadores podem ouvir autoridades e presos, caberá a ele tentar localizar André do Rap. O senador capixaba diz que tem boas relações com organismos internacionais e é com base nessa proximidade que aposta que terá êxito, não apenas em encontrar o traficante, mas de colocá-lo para depor na comissão. >
A lista, segundo Do Val, foi preparada, mas ainda será inserida por sua equipe no sistema do Senado Federal para os trabalhos da CPI. >
A CPI do Crime Organizado elegeu o senador capixaba Fabiano Contarato (PT) para presidir a comissão. Alessandro Vieira (MDB-SE), autor do requerimento de criação da comissão, será o relator. A vitória governista se consolidou após trocar na composição do colegiado. Magno Malta (PL) também é membro titular da CPI, mas está de licença médica e será substituído, temporariamente, pelo suplente Eduardo Girão (Novo-CE).>
A finalidade da comissão é apurar a atuação, expansão e o funcionamento de organizações criminosas no território brasileiro, em especial de facções e milícias. O trabalho do colegiado deve subsidiar propostas de aperfeiçoamento legislativo e ações concretas de enfrentamento ao crime organizado. >
Em pronunciamento logo após a votação, o senador capixaba afirmou assume a presidência "com senso de urgência e responsabilidade". "Nosso papel é avançar na construção de soluções. A segurança pública se tornou a principal preocupação da população brasileira, que vê seus direitos sendo violados diariamente. O Estado tem o dever de reagir, e essa reação passa por mudanças estruturais na legislação e no modelo atual de combate ao crime”, afirmou Contarato.>
Depois, em entrevista para A Gazeta, reforçou a importância de o debate sobre segurança pública acontecer fora do campo da direita e do conservadorismo.>
"Passou da hora de o campo progressista compreender que segurança pública não é pauta exclusiva da direita ou de uma ala conservadora. É um dever de todo o Estado.">
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