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Publicado em 12 de setembro de 2025 às 14:47
A Justiça revogou a prisão preventiva de Fúlvio Trindade de Almeida, secretário de Cultura de Pedro Canário, e dos empresários Adair Vizentini Narcizo e Paulo César Oliveira Gama, substituindo-a por prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. Os três são suspeitos de participar de um esquema de corrupção no aluguel de brinquedos infláveis para eventos, o que acabava gerando prejuízo aos cofres do município do Norte do Espírito Santo, conforme investigação da Polícia Federal.>
A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) confirmou que a decisão foi cumprida no dia 8 deste mês. A reportagem tenta localizar a defesa dos investigados. O espaço segue aberto para eventuais manifestações. >
Em nota enviada à reportagem de A Gazeta, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) informou que tomou conhecimento da decisão proferida pela Justiça e disse que a promotoria se manifestou de forma contrária à soltura.>
Fúlvio e os dois empresários haviam sido presos no último dia 21, suspeitos do crime de corrupção passiva, cuja pena é de reclusão de 2 a 12 anos e multa. O secretário, inclusive, foi afastado do cargo por tempo indeterminado, conforme decreto publicado pelo prefeito Kleilson Rezende (PSB) no Diário Oficial dos Municípios.>
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De acordo com delegado da Polícia Federal de São Mateus, Leonardo Guimarães, o esquema caso foi descoberto a partir da Operação Fun House, realizada em dezembro de 2024, quando foi observada a contratação de brinquedos infláveis pelas prefeituras de Pedro Canário e São Mateus.>
Em investigação, a PF disse ter constatado que a Secretaria de Cultura de Pedro Canário havia contratado uma empresa para fornecer esses equipamentos, mas o serviço era, na verdade, realizado por outra pessoa e parte do valor recebido era usado no pagamento de propina ao secretário.>
Os contratos apurados pela Polícia Federal foram firmados no fim de 2024 e chegam a R$ 700 mil, mesmo valor que a corporação solicitou para ser bloqueado entre os bens dos investigados. Durante a operação, também foi apreendido um veículo.>
“A gente teve acesso a esses elementos de prova de outra investigação. Lá, conseguimos identificar pagamentos de empresários para esse secretário de Cultura. Uma empresa foi contratada, mas o serviço era feito por outra pessoa. Foi uma contratação pública para brinquedos para eventos e datas comemorativas”, contextualizou.>
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