O deputado estadual Capitão Assumção (PL) participou nesta segunda-feira (11) da primeira sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Espírito Santo após ser solto da prisão. Em seu primeiro discurso, ele agradeceu a Deus, falou das dificuldades da estadia no Quartel do Comando-Geral (QCG) da Polícia Militar, em Maruípe, Vitória, e agradeceu nominalmente aos deputados que votaram pela soltura dele.
Assumção foi preso dia 28 de fevereiro após mandado expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar havia descumprido medidas cautelares impostas pelo próprio Moraes no fim de 2023. Como previsto na Constituição estadual, foi convocada uma sessão extraordinária para votar se ele permaneceria ou não preso. Em 6 de março, a Assembleia decidiu pela revogação da prisão, por um placar de 24 votos a favor e 4 contra. O deputado foi solto no dia seguinte, na última quinta-feira (7), após ser expedido o alvará de soltura pelo ministro do STF.
Nesta segunda-feira (11), ocorreu a primeira sessão ordinária após o parlamentar ter saído da prisão. Na tribuna, ele mencionou Deus diversas vezes, agradecendo também às Polícias Civil e Militar, aos procuradores da Assembleia, ao advogado que fez sua defesa, Fernando Dilen, ao Poder Judiciário e até o governador do Estado, Renato Casagrande.
O militar da reserva lembrou também do deputado federal Gilvan da Federal e do senador Magno Malta, ambos do PL, e dos demais apenados no QCG da PM, em Maruípe. "Eu, que tenho dificuldade com determinados alimentos, e os apenados, dentro do pouco que tinham, conseguiram compartilhar comigo", disse.
Em seguida, fez questão de mencionar, nominalmente, cada um dos 24 deputados que votaram pela sua soltura. Segundo ele, esses parlamentares são "homens e mulheres que mudaram a história da política no Brasil, registrados no panteão mais alto da imortalidade política".
Houve um agradecimento especial ao presidente da Casa, Marcelo Santos, chamado por ele de "patrimônio do Brasil". Marcelo Santos não votou na ocasião porque só se manifestaria em caso em empate.
Assumção não fez menção, nem positiva nem negativa, a Camila Valadão (PSOL), Iriny Lopes (PT), João Coser (PT) e Thyago Hoffmann (PSB), que votaram por mantê-lo preso.
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