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Publicado em 11 de dezembro de 2025 às 18:23
Três servidoras vão responder pela morte do estudante Luiz Fernando de Souza Verli, de 10 anos, agredido em uma escola municipal de Ibatiba, no Caparaó do Espírito Santo, em dezembro de 2024. Segundo a Polícia Civil, uma servidora da área da educação e duas da saúde municipal foram indiciadas por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). A denúncia foi encaminhada ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES).>
As investigações analisaram imagens de câmeras, documentos médicos e depoimentos de servidores municipais e demais investigados. A conclusão foi que no dia 9 de dezembro de 2024, por volta do meio-dia, Luiz se envolveu em uma briga com duas outras crianças. Mesmo sem machucados aparentes, ele ficou sonolento e abatido na última aula. Durante o período da tarde, ele e a irmã, de 8 anos, foram liberados e seguiram sozinhos para casa. A família não foi avisada sobre a confusão.>
À noite, o menino começou a reclamar de dores nas costas e foi levado pelos pais ao pronto-socorro, onde foi medicado e liberado. Os sintomas prosseguiram e a família retornou à unidade já durante a madrugada (10), porém Luiz Fernando foi liberado novamente sem fazer exames. Mais uma vez não houve comunicação sobre a briga ocorrida na escola às autoridades. >
Apenas na manhã seguinte (11), na terceira tentativa de atendimento, foram realizados exames que mostraram fraturas na coluna e manchas na barriga do menino. Ele foi transferido para o Hospital Infantil de Vitória, e só então o caso foi comunicado ao Conselho Tutelar. Luiz Fernando não resistiu e morreu no dia seguinte (12), com dificuldades para respirar, infecção grave generalizada, falência de vários órgãos, falhas nos rins, pneumonia e problemas no sangue.>
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Ainda segundo a Polícia Civil, foi apurado que o menino já tinha saúde frágil, com histórico de convulsões, anemia e problemas urinários, além de choro frequente e irritabilidade. Luiz também tinha uma queda da pálpebra de um dos olhos, chamada de ptose palpebral, e sofria bullying na escola por essa condição. >
O MPES, por meio da Promotoria de Justiça de Ibatiba, informou, em nota, que adotará todas as medidas necessárias após análise do inquérito policial. >
A reportagem de A Gazeta tenta contato com a Prefeitura de Ibatiba, mas até o momento não houve retorno.>
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