Publicado em 3 de dezembro de 2020 às 18:15
O réu e ex-namorado da jovem Gabriela Chermont, morta há 24 anos, Luiz Claudio Ferreira Sardenberg, condenado por homicídio qualificado em julgamento finalizado no dia 12 de novembro, teve o pedido de liminar em Habeas Corpus negado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJES). Com a decisão, publicada nesta quarta-feira (02), ele permanecerá preso, cumprindo prisão preventiva na Penitenciária de Segurança Média 1, em Viana. >
O desembargador Fernando Zardini Antônio considerou que os requisitos para uma decisão liminar para o caso não foram preenchidos e que a execução da pena pode ter início mesmo antes do "trânsito em julgado do processo", ou seja, antes do final de todo o trâmite processual. "Por outro lado, releva destacar que a nova redação do artigo 492, inciso I, alínea "e", alteração legislativa inserta pela Lei no 13. 964/19 viabiliza que, em casos de condenação a uma pena igual ou maior a 15 anos pelo Tribunal do Júri, o magistrado determine a execução provisória da pena, sem prejuízo da interposição dos recursos". >
O pedido feito pela defesa do réu sustentou que a sentença condenatória decretou a prisão preventiva antes do trânsito em julgado da decisão e que Luiz Cláudio deveria aguardar o julgamento do recurso de apelação, já apresentado à Justiça, fora da prisão, já que o acusado permaneceu em liberdade durante a produção de provas no processo.>
Demandados pela reportagem, a defesa do réu, realizada pelo advogado Raphael Câmara, e a assistência à acusação, feita pelo advogado Cristiano Medina, ainda não se manifestaram. Esta publicação será atualizada quando houver respostas.>
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Gabriela morreu após cair do décimo segundo andar do Apart Hotel La Residence, um hotel na Mata da Praia, em Vitória, na madrugada de 21 de setembro de 1996. O ex-namorado da jovem, Luiz Cláudio Ferreira Sardenberg, foi acusado pelo crime de homicídio. Segundo o processo, a jovem e o empresário, Luiz Claudio, teriam rompido o relacionamento e, por indicação de colegas de faculdade, ela teria passado a conhecer outro rapaz. >
Em uma das situações em que ela e o rapaz teriam saído juntos para um bar na Praia da Costa, amigos do ex-namorado teriam visto e contado para ele. Nesta situação, o denunciado pelo crime teria passado a fazer ligações telefônicas para Gabriela, até que conseguiu combinar um encontro com ela na noite de 20 de setembro de 1996. Testemunhas nos autos do processo relatam que o ex-casal se dirigiu a um bar em Jardim da Penha, na capital, e que depois foram ao Apart Hotel, onde ficaram hospedados no apartamento de número 1.204.>
Luiz Claudio, a partir daí, afirma que os dois mantiveram relações sexuais, enquanto a defesa da família da vítima alega que não e que, em vez disso, teriam ocorrido diversas agressões, causando inclusive quebras de dentes e escoriações na lombar de Gabriela, desencadeando, por fim, no arrastamento e projeção da vítima pela sacada. Um exame toxicológico realizado à época identificou que o comerciante teria feito uso de cocaína, ao contrário da alegação dele, no sentido de ter tomado apenas cerveja.>
Após 24 anos desde a morte da jovem, o julgamento do acusado de homicídio chegou ao fim no dia 12 de novembro, condenando o réu e ex-namorado de Gabriela Chermont a 23 anos e 3 meses de prisão. O júri popular, que havia sido adiado 9 vezes, teve a duração de três dias e Luiz Claudio já saiu preso do Fórum Criminal de Vitória.>
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