Publicado em 24 de agosto de 2020 às 18:59
No dia 23 de julho, o poeta Sérgio Blank foi encontrado morto, dentro da casa onde morava, em Cariacica. Agora, um mês depois, a Polícia Civil ainda ouve testemunhas e trabalha para esclarecer o caso, que segue sendo investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da cidade. >
De acordo com a nota enviada nesta segunda-feira (24), a equipe também está "realizando digilências, mas detalhes não podem ser passados, por enquanto, para não interferir na apuração do fato". Irmã do escritor, Nilceia Blank disse que a família aguarda a conclusão do trabalho policial.>
À época da morte, ela disse que suspeitava que o irmão teria sido vítima de um infarto. No dia anterior, os dois haviam conversado e ele "estava bem, normal". Segundo ela, o poeta enfrentava uma cirrose hepática há alguns anos e estava na fila de transplante. Porém, a doença era controlada.>
Apesar da suposição de morte natural, o caso já era tratado - no dia seguinte - como provável assassinato pela Polícia Civil. Colunista de A Gazeta, Leonel Ximenes revelou que o corpo de Sérgio Blank apresentava sinais de violência, incluindo um fio de telefone no pescoço.>
>
Apenas um dia antes de ser encontrado morto, em 22 de julho, Sérgio Blank fez uma publicação nas redes sociais na qual se dizia feliz por ser convidado por escolas e ter a oportunidade de conversar com crianças sobre os próprios livros. "Aprecio ser um escritor infantil", escreveu ele. >
Historiador e comentarista da CBN Vitória, Fernando Achiamé era amigo do poeta. Na tentativa de desmarcar um almoço para o dia 23 - provável data da morte -, ele ligou para o escritor durante a manhã, mas o celular estava desligado. Horas depois, recebeu a notícia da morte.>
Nascido em 1964, Sérgio Blank ocupava a nona cadeira da Academia Espírito Santense de Letras. Além de conhecido pelos poemas e livros, ele também atuou como promotor de lançamentos e coordenador de oficias e encontros literários. >
Depois de 23 anos sem obras inéditas, ele publicou "Blue Sutil", em fevereiro de 2019. Personalidades da literatura capixaba lamentaram a morte dele. Natural de Cariacica, ele foi enterrado no Parque da Paz, que também fica na cidade.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta