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Polícia chegou até assassino de DJ Thiago Crei após checar mensagens no Instagram

Polícia chegou até assassino de DJ Thiago Crei após checar mensagens no Instagram

Thiago e o suspeito, de 21 anos, conversavam desde 2021 e, no dia 9 de maio de 2022, combinaram o encontro dentro do carro do DJ, em Vila Velha

Publicado em 28 de junho de 2022 às 12:36

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A Polícia Civil chegou até o suspeito de assassinar o DJ Thiago Silva dos Santos, de 28 anos, conhecido com o Thiago Crei, após analisar mensagens trocadas pelos dois no Instagram. Os detalhes da investigação foram divulgados na manhã desta terça-feira (28), pelo titular da DHPP de Vila Velha, delegado Tarik Halabi Solki.

De acordo com Solki, durante o processo investigatório, a família autorizou que a polícia tivesse acesso ao notebook de Thiago, onde foi constatado uma conta do DJ aberta no Instagram.

“Verificamos diversas mensagens e uma delas chamou a atenção, que era de um indivíduo não identificado, em razão de ter apagado a conta e chamou a atenção que, no dia 9, ele marca um encontro com o Thiago”, afirmou.

Thiago e o individuo, de 21 anos, que não teve o nome divulgado pela polícia, conversavam desde 2021. No dia 9, o suspeito enviou uma mensagem convidando o DJ para encontrá-lo. “Ele falou mais ou menos assim: vem aqui na minha casa, busca por esse endereço. Chega aqui e procura por fulano, que todo mundo aqui me conhece e eu vou estar sem celular. Pode vir que vai ser bom”, explicou o delegado.

A partir das informações dadas pelo homem na conversa com Thiago, a polícia iniciou a busca por vestígios do crime. Encontraram então o veículo do DJ perto da casa do suspeito. Uma outra equipe fez a busca do nome informado pelo executor. Foram encontrados 1.323 pessoas com o mesmo homônimo. Quando colocaram a exata grafia, conseguiram localizar o rapaz. 

O delegado finalizou dizendo que foram diversas diligências realizadas para comprovar a ligação do suspeito com o crime: ouvir vizinhos, além de coletar imagens de videomonitoramento. No momento da prisão, o indivíduo não esboçou qualquer reação, confessou o crime na delegacia e disse que já esperava a prisão, pois a polícia "estava procurando demais". 

O ENCONTRO 

Thiago Silva dos Santos, conhecido como DJ Thiago Crei, foi morto porque tentou filmar um encontro com o assassino dentro do carro dele em Vila Velha. O crime aconteceu na noite do dia 9 de maio deste ano e o suspeito foi preso pela Polícia Civil nesta segunda-feira (27) no bairro Aribiri.

Segundo o delegado Tarik Halabi Souki, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, Thiago e o suspeito tiveram uma discussão por conta da utilização do celular para fazer filmagens. Isso, conforme o delegado, motivou o assassinato. 

"Ele (preso pelo crime) alega que houve a utilização de um aparelho celular para a gravação de imagens, o que desagradou o executor. Eles começaram a discutir por esse motivo, pegou uma faca que estava no carona e passou a esfaquear a vítima."

Segundo Tarik, o DJ foi buscar o suspeito na casa dele depois de eles marcarem um encontro. Chegando ao local do crime, eles começaram a usar drogas e, logo depois, teve início a discussão entre os dois.

"As investigações indicaram que ele marcou um encontro com o Thiago. O Thiago foi até próximo a casa desse executor, depois eles foram até o um local conhecido desse executor. Lá, eles passaram a utilizar entorpecentes, houve uma discussão no interior do veículo relacionada a utilização de um telefone celular", contou. Thiago Crei foi assassinado com cerca de 12 facadas, segundo Tarik Souki.

De acordo com o delegado, o suspeito contou à polícia que a faca utilizada no crime já estava dentro do carro, ao lado do banco do carona. "Ele se apossou dessa faca e passou a desferir golpes contra o Thiago. O Thiago ainda tomou a faca desse indivíduo e o esfaqueou na perna. Ele retomou a faca, deu mais dez golpes. O Thiago saiu do carro, tomou mais um golpe de faca nas costas e se jogou no mato", narrou o delegado.

Segundo o delegado, o telefone de Thiago ainda não foi encontrado. Ele confirmou também que as investigações da polícia indicam que não se tratou de um crime premeditado.

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