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Publicado em 23 de junho de 2021 às 15:37
- Atualizado há 4 anos
O homem suspeito de ter matado um gato a pedrada no início desta semana foi detido na tarde desta quarta-feira (23), no bairro Nova Almeida, na Serra – mesma região em que foi flagrado, por uma câmera de segurança, cometendo o delito. O rapaz tem 19 anos e confessou ter cometido o crime.>
De acordo com o delegado Eduardo Passamani, da Delegacia Especializada de Proteção ao Meio Ambiente, o jovem explicou que teria agido de tal forma porque estava irritado por ter perdido um documento de identidade. Apesar da detenção, ele será ouvido e liberado, de acordo com a Polícia Civil.>
Eduardo Passamani
Delegado da Delegcia Especializada de Proteção ao Meio AmbienteTestemunhas do crime também foram levadas à delegacia, junto com o suspeito, que não está em situação de flagrante — o que impede a prisão neste momento. O inquérito policial será encaminhado ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES). O jovem de 19 anos será indiciado por maus-tratos aos animais. >
A detenção desta quarta-feira (23) contou com o apoio da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maus-tratos, da Assembleia Legislativa do Estado (Ales), que já estava a par do caso desde o início da semana e havia acionado a Polícia Civil, assim como a dona do gato que foi morto pelo homem.
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O crime aconteceu na última segunda-feira (21), no bairro Nova Almeida, na Serra. A vítima era um gato chamado Nenezinho, que pertencia à técnica em enfermagem Jaciara Correa da Silva. Segundo ela, o animal saía de casa todo dia para esperá-la voltar do trabalho. Neste momento é que ele foi morto.>
A câmera de segurança da residência de Jaciara flagrou quando o homem passou pela rua, se agachou, pegou uma pedra e a atirou contra o felino. No início da gravação não é possível ver o animal. Porém, depois, ele aparece agonizando nas imagens — que são fortes e foram editadas (veja abaixo).>
"Quando eu cheguei, ele estava deitado no mato. Achei que ele estava dormindo, mas ele estava morto. Fiquei sem acreditar, sem reação. Eu não consegui terminar de assistir o vídeo, só conseguia chorar", relatou a dona do Nenezinho, que, a princípio, não reconheceu o suspeito. A família tinha o gato há dois anos.>
A deputada Janete de Sá, que é presidente da CPI dos Maus-tratos, afirmou que "as imagens mostram um crime covarde contra um animal indefeso" e que "uma pessoa capaz de matar um gato dessa maneira brutal pode ser agressivo com outras pessoas". O crime de maus-tratos prevê pena de dois anos a cinco anos de prisão.>
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