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Filho de agricultora morta em Vargem Alta ainda não sabe da morte da mãe

Filho de agricultora morta em Vargem Alta ainda não sabe da morte da mãe

Thamires Lorençoni, de 27 anos, foi morta durante uma emboscada na rodovia que liga Vargem Alta a Cachoeiro de Itapemirim. Madrasta do marido e filha dela foram presas, acusadas de encomendar o crime

Publicado em 8 de dezembro de 2019 às 19:43

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Thamires, agricultora morta em Vargem Alta, com o filho mais novo no colo. (Arquivo da família)

A morte da agricultora Thamires Lorençoni, de 27 anos, completou uma semana, mas ainda comove a cidade. De família tradicional em Vargem Alta, região Sul do Espírito Santo, Thamires foi assassinada quando voltava para casa, no último dia 30. Criminosos armados interceptaram o caminhão que era dirigido pelo marido dela e foram até o banco do carona, onde a vítima estava. Ela foi baleada nas costas e na cabeça.

Os três filhos do casal - duas meninas de 6 e 5 anos e um menino de 3 - estão ficando na casa da avó materna. As meninas ainda estão muito abaladas com o crime. Já o menino ainda não sabe da morte da mãe, de acordo com pessoas próximas da família. As suspeitas de terem encomendado o crime são a madrasta do marido, Sula Almeida, e a filha dela, Flávia Almeida. Elas foram presas na última quinta-feira (5).

A relação entre Sula e a esposa do enteado não era das melhores, segundo familiares. Ainda assim, Thamires se preparava para ir morar no mesmo imóvel que as suspeitas residem. Ela, o marido e as filhas viveriam embaixo, enquanto o pai, a madrasta e a filha dela morariam na parte de cima. Uma reforma já estava sendo feita no imóvel.

“Quando a gente soube da morte da Thamires, desde o primeiro instante já imaginamos que a Sula poderia estar por trás. A Thamires era uma pessoa do bem, não tinha inimigos, a não ser ela. Elas já discutiram algumas vezes”, conta um familiar que prefere não se identificar.

Sula Almeida e a filha Flavia Almeida foram presas por suspeita de tramar morte de Thamires. (Facebook)

Segundo ele, o sogro de Thamires e o marido dela ainda não conseguem acreditar na tragédia na família. “A Sula já vivia com o pai (do marido) havia 10 anos. Elas eram de Cachoeiro de Itapemirim e vieram morar com eles. Ele está chorando muito. O marido também está muito abalado. Acabaram com a vida dele. Ele amava muito a Thamires”, afirma.

Ainda não está claro por qual motivo a morte de Thamires teria sido encomendada. A polícia não fala, e o delegado que investiga o caso diz que só vai revelar a motivação após conclusão do inquérito.

VÍDEO MOSTRA ABORDAGEM DE CRIMINOSOS

As imagens da câmera de videomonitoramento de um estabelecimento às margens da rodovia ES-164, que liga Cachoeiro de Itapemirim a Vargem Alta, podem ajudar a desvendar a motivação do assassinato da agricultora. A versão inicial era de que ela teria sido morta durante uma tentativa de assalto. No entanto, o caso passou a ser tratado como homicídio pela Polícia Civil. 

As imagens enfraquecem a versão de que Thamires teria sido morta por ter corrido ao ver os criminosos, já que os executores avançaram em direção a ela. O vídeo, que foi cedido pelo site Notícia Capixaba para A Gazeta, será anexado ao inquérito.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Rafael Amaral, as investigações só serão concluídas na semana que vem. Até lá, ele afirma que não irá comentar nada, para não atrapalhar nas investigações.

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