Publicado em 7 de fevereiro de 2025 às 18:46
Uma mulher de 31 anos foi presa na quinta-feira (6), suspeita de exercício ilegal da medicina, denunciação caluniosa, falsa comunicação de crime e associação criminosa enquanto era servidora pública em São Gabriel da Palha, no Noroeste do Espírito Santo. A prisão ocorreu após o flagrante de uma tentativa de intimidação da suspeita contra uma testemunha que prestava depoimento à polícia. O nome da detida não foi divulgado.
Segundo a Polícia Civil, a suspeita havia sido intimada a comparecer à Delegacia de São Gabriel da Palha às 14h de quinta-feira (6) para prestar esclarecimentos no inquérito em que é investigada. No entanto, ela chegou por volta das 11h, no mesmo horário em que uma testemunha intimada estava prestes a ser ouvida.
Valdimar Chieppe
Delegado da Polícia Civil de São Gabriel da PalhaSegundo o delegado, a testemunha, que 'se apresentou nervosa e abalada com a situação', e relatou a ele que temia represálias por parte da investigada. "Verificamos as imagens das câmeras de segurança da unidade policial e confirmamos que ela estava registrando e intimidando a testemunha. Diante disso, demos voz de prisão em flagrante por coação no curso do processo", disse Valdimar Chieppe.
Segundo a Polícia Civil, a indiciada também é suspeita de realizar diversas denúncias falsas contra autoridades e terceiros, além de disseminar informações enganosas por meio de transmissões em redes sociais. "Encaminhamos todo o material coletado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para análise das medidas cabíveis", comunicou o delegado.
O delegado Valdimar Chieppe detalhou que a investigada praticou exercício ilegal da medicina ao medicar crianças e adolescentes de um abrigo municipal de acolhimento menores sem supervisão médica, valendo-se de seu cargo público de coordenação da instituição. "Ela administrava medicações, inclusive anticoncepcionais, a uma adolescente de 14 anos, além de outros medicamentos sem qualquer respaldo profissional", afirmou o delegado.
Segundo a Polícia Civil, a situação foi descoberta após denúncia ao Conselho Tutelar, que encaminhou o caso ao Ministério Público. "A Prefeitura, ao tomar conhecimento dos fatos, afastou a coordenadora de suas funções em agosto de 2024", informou a Polícia Civil.
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