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Publicado em 16 de julho de 2021 às 13:15
A Polícia Civil divulgou o resultado de uma grande operação nacional de combate à exploração sexual de crianças e adolescente. No Estado, durante a "Operação Acalento", 34 pessoas foram indiciadas pelo crime de estupro de vulnerável e houve o cumprimento de seis mandados de prisão pelo mesmo delito. A iniciativa foi coordenada pelo Ministério da Justiça e ocorreu simultaneamente em todos os Estados. Entre os presos no Espírito Santo, está um empresário de Vitória que aliciava e levava menores para fazer sexo no motel.>
Os indiciamentos e prisões ocorreram no período entre 4 de junho e 15 de julho, segundo o delegado Diego Bermond, da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente. Além dele, participaram da coletiva os delegados Diego Aleluia, titular da DPCA, delegado José Lopes, superintendente de Polícia Especializada (SPE), e o delegado Heli Schimittel, chefe da Divisão Especializada da Região Metropolitana.>
"Recebemos a comunicação do Ministério da Justiça para intensificarmos nossas ações sobre estes crimes violentos contra crianças e adolescentes ao longo de um mês e 10 dias", destacou.>
Os detidos foram presos em Barro Vermelho, área nobre de Vitória, além de endereços em Cariacica e Vila Velha. Sobre a prisão ocorrida na Capital, o delegado explicou a maneira como o homem aliciava os menores e despistava para não levantar suspeitas. >
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"Em fevereiro deste ano, recebemos a informação de que havia um empresário que estava aliciando adolescentes para exploração sexual. Identificamos que ele oferecia R$ 1,2 mil para que essas adolescentes ficassem com ele durante todo o mês e ainda mais R$ 200 para elas indicarem outra menina para praticar o ato sexual. Ele orientou as jovens a dizerem que eram 'estagiárias' deste empresário para que os pais não desconfiassem", disse Diego Bermond. >
Bermond detalhou ainda que além da prática sexual, o homem preso em Barro Vermelho levava as menores para lanchar e posteriormente seguia com as jovens para motéis, por vezes com mais de uma menor ao mesmo tempo. >
As investigações prosseguem e até o momento a DPCA já identificou 4 vítimas, mas o número pode ser bem maior. O delegado contou que o empresário não foi preso anteriormente porque não foi possível um flagrante. A polícia, entretanto, tem em mãos celulares e outros dispositivos pertencentes ao suspeito, que serão analisados e periciados em busca de vídeos e fotos das adolescentes, podendo ser também indiciado por este crime. >
O empresário, contudo, responde em liberdade, visto que não foram encontrados indícios de cometimento do crime de estupro de vulnerável no momento em que foi abordado. >
As vítimas, segundo as investigações, são de situação de vulnerabilidade social, por isso são alvos fáceis dos aliciadores. >
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