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Publicado em 13 de agosto de 2025 às 17:44
Um colchão encontrado na cena de um homicídio tornou-se peça-chave para a Polícia Civil desvendar o assassinato de Ivannilda Araujo dos Reis, 51 anos, ocorrido em janeiro deste ano, num galpão do bairro Laranjeiras Velha, na Serra. O objeto, recolhido durante o trabalho de perícia, forneceu pistas importantes que direcionaram a investigação e levaram à prisão do principal suspeito, Davidson Daniel de Carvalho Pereira, de 27 anos. >
Segundo a chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), delegada Raffaella Aguiar, câmeras de segurança registraram o momento em que o homem entrou no local carregando o colchão. As imagens mostram também Ivannilda entrando. As imagens despertaram a atenção da equipe, que passou a apurar o vínculo dele com a vítima. (veja vídeo acima).>
“No vídeo é possível ver que esse homem tinha um trejeito de andar e era conhecido na região por carregar um colchão. Assim conseguimos identificar ele. Ele foi preso e no interrogatório confessou que o colchão era dele, mas negou ser autor. Ela morreu por um objeto contundente. Acreditamos que foi madeira com prego ou parafuso. Ele era um homem bem forte. Vimos a gravação do dia todo e ninguém mais entrou no local”, explicou a delegada. >
Ao longo da investigação, a polícia reuniu mais informações que apontaram para ele como principal suspeito do crime. Entre elas, a descoberta de que ele e a vítima já se conheciam devido a outro suposto delito envolvendo Davidson semanas antes do assassinato: furto de panelas da casa de Ivannilda.>
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Dias depois do sumiço dos utensílios, enquanto caminhava pelas ruas do bairro, a dona de casa viu o homem com os produtos furtados e contou o caso para pessoas que a acompanhavam. Essas testemunhas identificaram Davidson para a polícia. >
“Comparando ele com a pessoa da imagem é totalmente compatível, assim como o colchão”, frisou a chefe da DHPM>
A polícia trabalha com duas possibilidades para o crime: uma discussão por conta das panelas furtadas ou uma disputa por drogas. Isso porque os dois eram dependentes químicos e Ivannilda havia dito para um familiar que iria utilizar drogas por descobrir algo que a deixou muito triste.>
“Traçamos o que ela fez no dia e o sobrinho dela foi o último a ter contato com ela. Ela disse que estava abalada, pois tinha descoberto que um filho dela estava preso e queria “porcaria”, que era a droga. Ela tinha por hábito ir ao galpão fazer uso delas e ele foi ao galpão para fugir da chuva”, contou Aguiar. >
Durante o interrogatório, Davidson disse que quem teria cometido o assassinato era outro homem que vivia em situação de rua. Porém, a polícia não encontrou nada que apontasse a autoria a este homem citado pelo suspeito.>
Ao comparar o tipo corporal, ficou visível para a PC que não seria a pessoa acusada por Davidson. “A má sorte dele é que encontramos quem ele acusou e verificamos que não tinha sido essa outra pessoa em situação de rua”, falou a delegada. Desta forma, Davidson foi autuado por homicídio duplamente qualificado. >
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