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Ciclista morta em acidente em Vitória era modelo e universitária

Ciclista morta em acidente em Vitória era modelo e universitária

Luísa Lopes tinha 24 anos e uma das paixões também era o samba: atuava como uma das principais passistas da escola Jucutuquara

Publicado em 16 de abril de 2022 às 10:57

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Errata Atualização
16 de abril de 2022 às 21:48

Após a publicação desta matéria, foi divulgado o termo de audiência de custódia de Adriana Felisberto, suspeita de atropelar e matar a Luísa Lopes. No documento, consta a informação de que haveria a possibilidade de outro motorista ter atropelado a jovem e arremessado seu corpo sobre o carro de Adriana. O texto foi atualizado.

A ciclista morta em um acidente na noite desta sexta-feira (15), na Avenida Dante Michelini, na altura do bairro Jardim da Penha, em Vitória, é a modelo Luísa Lopes, 24 anos. Ela era apaixonada pelo carnaval e desfilava pela Unidos de Jucutuquara, sendo uma das principais atuantes na ala das passistas. A jovem, que foi atropelada por volta das 20 horas, também era estudante do último período do curso de Oceanografia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

Luísa Lopes, ciclista que morreu atropelada em Vitória
Luísa Lopes, ciclista que morreu atropelada em Vitória. (Redes Sociais)

Uma página ligada ao curso nas redes sociais emitiu uma nota de pesar pelo falecimento da aluna e apontou que Luísa “sempre foi um sol caminhando pela Ufes, espalhando alegria e luz, sendo amiga, sendo universitária, sendo ativista.”

Luíza é velada na quadra da Unidos de Jucutuquara, na Rua José Cassiano dos Santos, 135 - Fradinhos, Vitória. O enterro está marcado para a tarde deste sábado no Cemitério de Alto Lage, em Cariacica.

Familiares e amigos organizam um protesto na próxima terça-feira (19), às 18 horas, para pedir justiça pela tragédia que tirou a vida de Luísa. A manifestação será na Av. Dante Michelini, em frente ao Clube dos Oficiais.

ACIDENTE E PRISÃO

Luísa Lopes, de 24 anos, atravessava a faixa de pedestres com a bicicleta quando foi atingida por um carro. A princípio, os relatos davam conta que o atropelamento havia sido causado pela corretora Adriana Felisberto, mas há, agora, informações que indicam a possibilidade de outro motorista ter atropelado a modelo e universitária e, no impacto, arremessado seu corpo contra o carro dirigido por Adriana.

Adriana, inclusive, não foi autuada por homicídio. Segundo militares que atenderam a ocorrência, a motorista tinha sinais claros de embriaguez, mas se negou a fazer o bafômetro. Ela foi detida e levada à delegacia, onde teve a prisão em flagrante decretada por embriaguez ao volante. Na tarde deste sábado (16), a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou que ela foi encaminhada ao Centro Prisional Feminino de Cariacica.

Com o forte impacto do corpo de Luísa no carro de Adriana, a ciclista ainda foi arrastada por vários metros. A técnica de enfermagem Lilian Amorim, conta que passava pelo local e tentou socorrer a jovem até a chegada do Samu.

A técnica de enfermagem Lilian Amorim, conta que passava pelo local e tentou socorrer a jovem até a chegada do Samu. "Quando chegou a equipe do Samu, eles ainda tentaram, ela ainda estava viva, usaram o ressuscitador, mas poucos minutos depois parece que ela realmente veio a óbito."

A bicicleta da modelo ficou destruída após o acidente. O carro que a atingiu também foi danificado. Policiais militares que atenderam a ocorrência acreditam que o veículo estava em alta velocidade quando atingiu a jovem.

Ciclista morre após ser atropelada por carro em Jardim da Penha
Ciclista morre após ser atropelada por carro em Jardim da Penha. (Caíque Verli )

Uma segunda mulher, que seria irmã da motorista, também estava no carro, conforme apuração da TV Gazeta. Elas informaram à Polícia Militar que estavam voltando de um bar.

Adriana negou ter ingerido bebida alcóolica porque, segundo a mesma, faz uso de medicamento para depressão. Entretanto, segundo os militares, havia claros sinais de embriaguez. Foi oferecido a ela o teste do bafômetro, mas a corretora se recusou a fazê-lo, e atribuiu a fala arrastada e embolada aos medicamentos de que faz uso.

A reportagem de A Gazeta procurou a Guarda Municipal que, em nota da Secretaria de Segurança Urbana de Vitória (Semsu), informou que a Polícia Civil e a Polícia Militar chegaram ao local e assumiram a ocorrência. As equipes da Guarda de Trânsito permaneceram auxiliando os motoristas. Duas faixas precisaram ser interditadas para atendimento da ocorrência.

A Polícia Civil foi acionada pela reportagem tanto na noite de sexta-feira quanto na manhã deste sábado, mas apenas informou que não conseguiria fornecer respostas porque “a ocorrência não foi localizada no plantão vigente".

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