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Acusado de matar jovem em Cachoeiro é julgado e inocentado pelo júri

Acusado de matar jovem em Cachoeiro é julgado e inocentado pelo júri

O crime aconteceu em outubro do ano passado. Rayssa Peixoto foi baleada dentro do carro em que estava com o namorado; jurados entenderam que disparo ocorreu por "legítima defesa"

Publicado em 27 de outubro de 2022 às 19:37

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Rayssa Peixoto de 18 anos foi morta por engano, segundo a Polícia Civil.
Rayssa Peixoto de 18 anos foi morta em outubro do ano passado. (Divulgação | Acervo pessoal)

O homem acusado de ter matado Rayssa Peixoto, em outubro do ano passado, dentro de um condomínio, no bairro Gilson Carone, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, foi julgado nesta quinta-feira (27), em júri popular e inocentado. A jovem, então com 18 anos, estava dentro de um carro quando foi baleada. Para a Polícia Civil, na época do caso, ela foi morta por engano. Kevyn Marquete de Souza foi absolvido por quatro entre os setes jurados. 

O julgamento começou às 9h, no Fórum de Cachoeiro e durou até às 16h30 da tarde. A sentença proferida pelo juiz presidente do Tribunal do Júri, Bernardo Fajardo Lima, declara que o acusado, Kevyn Marquete de Souza, foi absolvido. 

Durante o julgamento, o pai de Rayssa passou mal e teve que ser levado ao hospital. "Depois, ele saiu do hospital e conseguiu ver o final trágico de absolver o assassino", falou a mãe. 

Segundo a mãe da jovem, a família vai recorrer a decisão. "Eles assassinaram a minha filha, mais uma vez e a impunidade continua. Estou me sentindo como se a gente morasse em um país que não tem lei, afinal é Brasil. Aqui pode matar, pois o ser humano aqui não vale nada, o que valeu a vida da minha filha?", desabafou muito emocionada.

Acusado de matar jovem em Cachoeiro é julgado e inocentado pelo júri

A defesa de Kevyn explicou que, no dia do crime, o rapaz sofreu uma ameaça em uma festa e, depois, foi para casa. Entretanto, como ele foi ameaçado, pegou uma arma que tinha a fim de se proteger. Minutos depois, um carro, que estava sendo conduzido pelo namorado da Rayssa, entrou no condomínio "fazendo curvas, deixando marcas no chão, praticamente dando cavalo de pau". Como o carro foi em direção ao rapaz, ele achou que eram os agressores "e, por isso, efetuou o único disparo que acertou a Rayssa".

Legítima defesa

De acordo com a defesa, os jurados entenderam que Kevyn agiu em legítima putativa, que na prática, significa engano. "Ele agiu em legítima defesa achando que eram os agressores, mas se tratava de pessoas diversas", comunicou.

A Secretaria da Justiça (Sejus) informou nesta sexta-feira (28), que Kevyn foi liberado do presídio a noite (27), após o julgamento, mediante alvará de soltura expedido pela justiça.

O crime

O crime aconteceu no dia 31 de outubro do ano passado. Rayssa estava dentro do carro com o namorado e foi baleada no pescoço. Eles foram até o condomínio levar um amigo do namorado em casa.

O suspeito, de 21 anos, já havia confessado o crime na época em que foi preso. Nesse período, ele foi localizado pela polícia em outro bairro da cidade, chamado Nossa Senhora Aparecida, horas depois que efetuou o tiro.

O homem morava no condomínio onde o crime aconteceu. Ele contou que estava sedo ameaçado de morte, por isso, achou que o carro onde a jovem estava era de algum inimigo e atirou. Ainda segundo o suspeito, ele chegou a pedir ao motorista para parar o carro, mas como não foi atendido, decidiu atirar.

Protesto da família

Na semana passada, no dia que em a jovem completaria 19 anos, a família e amigos fizeram um protesto pedindo por justiça. Eles saíram em carreata do bairro onde ela morava e seguiram até o cemitério onde Rayssa foi sepultada.

Liberado

A Secretaria da Justiça (Sejus) informou nesta sexta-feira (28), que Kevyn foi liberado do presídio a noite (27), após o julgamento, mediante alvará de soltura expedido pela justiça.

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