O município de Vitória, assim como todo o país, tem um objetivo difícil pela frente quando se trata de violência no trânsito. Um pacto firmado junto à Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que, até 2020, o número de mortes em acidentes seja reduzido em 50%, num comparativo com o ano de 2011. A capital capixaba, no entanto, está muito longe de alcançar a meta.
Na Década de Ação pela Segurança no Trânsito, o que poderia se esperar era uma redução gradativa nos indicadores de vítimas fatais. Nos dados da Secretaria Municipal de Transportes, Trânsito e Infraestrutura (Setran), que começam em 2012, os primeiros anos foram de queda, mas em 2016 e 2017 voltou a subir o número de mortes e, no ano passado, apresentou uma leve diminuição. No intervalo, a redução foi de 8%, bem distante dos 50% que precisa atingir no próximo ano.
Um levantamento nacional, feito em todas as capitais pela Folha de S. Paulo, indica que seis cidades já chegaram à meta desde o ano passado, mas Vitória não faz parte desse grupo. Embora a queda registrada em 2018 seja um aspecto positivo para a Capital do Espírito Santo, há um longo percurso pela frente.
Ainda assim, a titular da Setran, Ana Elisa Nahas, acredita que será possível, no espaço de um ano, trabalhar ações voltadas para diminuir o número de vítimas fatais no trânsito de Vitória. Um dos casos mais recentes foi registrado na Avenida Dante Michelini, na Praia de Camburi, onde dois jovens morreram em um grave acidente e outros três ficaram feridos.
Uma das iniciativas é a criação das chamadas Zona 30, em que ruas e avenidas da cidade têm a velocidade máxima permitida em 30 quilômetros por hora. Essas zonas de segurança estão sendo instaladas aos poucos, mas já existem na Praia do Canto, Bairro de Lourdes, Tabuazeiro, Bairro República, Joana D'Arc e Santa Martha.
A ideia é limitar a velocidade em regiões de grande circulação de pedestres, por exemplo, para evitar atropelamentos. Uma das principais causas de acidentes, segundo informações do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), é justamente o excesso de velocidade.
"Também estamos aumentando exponencialmente as ciclovias e as ciclorrotas para que os ciclistas tenham mais segurança ao circular pela cidade", aponta Ana Elisa.
A secretária destaca ainda que o município aderiu ao projeto Vida no Trânsito, conduzido pelo Ministério da Saúde, para monitorar os indicadores de Vitória. É feito um trabalho integrado com várias secretarias e cada um dentro de sua área indica ações que possam promover mais segurança no trânsito. "Até a poda de uma árvore pode contribuir para uma via ficar mais segura."
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