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Sesa vai testar população para saber quem está imune ao coronavírus no ES

Sesa vai testar população para saber quem está imune ao coronavírus no ES

Exame é um dos recursos do governo do Estado também para mapear onde há maior concentração de infectados

Publicado em 9 de abril de 2020 às 09:02

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Exame de sangue
Exame de sangue: material coletado da população vai poder identificar quem já foi contaminado pela doença e ganhou imunidade. (Kasvi)

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) vai testar a população para saber quem está imune ao novo coronavírus (Covid-19) no Espírito Santo. O exame servirá, inclusive, para mapear os locais onde há maior concentração de infectados e, a partir dos resultados, ajudar o governo a definir medidas de contenção da doença. Os primeiros levantamentos são esperados ainda para este mês.  

O teste trata-se de um inquérito sorológico, pelo qual pessoas em todas as regiões do Espírito Santo serão submetidas a exames de sangue que vão determinar se já foram ou não contaminadas pelo coronavírus.

O subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, explica que o exame define o nível de anticorpos (sistema de defesa do organismo) da pessoa testada e, em função do resultado, é capaz de identificar se ela já passou pela doença e, portanto, se tem imunidade à Covid-19.

Sesa vai testar população para saber quem está imune ao coronavírus no ES

"Isso vai nos permitir, ao mesmo tempo, observar que, se uma determinada região tem alto número de pessoas com imunidade adquirida, pode não ser mais necessário o isolamento social, enquanto outra que apresente alta vulnerabilidade, haja a necessidade de reforçar o sistema de saúde."

Reblin diz que a Sesa está em fase final de definição de como se dará o inquérito, estabelecendo número e perfil das pessoas que serão testadas. Certeza é de que o exame será feito em todas as regiões e vai complementar outras estratégias da Sesa para o mapeamento do coronavírus no Estado. 

Em coletiva nesta quarta-feira (8), o governador Renato Casagrande ressaltou a importância de fazer o mapa, que deverá estabelecer os níveis de contaminação por região, de leve a severo, e que vão contribuir na definição de medidas de contenção da Covid-19. 

Além do inquérito sorológico, Reblin aponta que a Sesa vai contar também com uma ferramenta preparada pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), com georreferenciamento até por bairros, e com avaliações matemáticas que estão sendo conduzidas por professores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). 

Quanto à possibilidade de medidas diferentes por municípios ou regiões, o subsecretário ressalta que todas as ações vão seguir avaliações técnicas e de forma bastante criteriosa. 

"É muito complexo estabelecer regra única numa condição como essa; o mais seguro é definir regras que sejam muito parecidas para o Espírito Santo inteiro. Mas não é simples de operar, não será fácil. A liberação das atividades virá a partir de segurança absoluta fornecida por um desses três instrumentos para que não se coloque um risco ainda maior à vida das pessoas.", finaliza Reblin.

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