Publicado em 25 de outubro de 2019 às 12:52
O processo de contratação da empresa que vai fazer o chamado engordamento da faixa de areia das praias da Curva da Jurema e de Camburi foi suspenso mais uma vez. Com o primeiro prazo previsto para o início do segundo semestre, a Prefeitura de Vitória informou agora que questões técnicas discutidas durante a licitação fizeram com que o edital precisasse passar por alguns ajustes. Enquanto isso, banhistas e quiosqueiros reclamam do constante avanço da erosão na região. >
Quem frequenta o local se depara há bastante tempo com uma faixa de areia bem curta em alguns pontos da praia. A erosão vem avançando e diminuindo cada vez mais o espaço para lazer dos banhistas e até afetando o funcionamento de alguns quiosques. A reportagem de A Gazeta esteve no local e constatou os danos causados pelo avanço do mar. Em alguns estabelecimentos, parte do piso externo já cedeu e a estrutura principal está bem próxima de ser atingida. >
Proprietário de um quiosque na orla da Curva da Jurema, Renee Cosme lamenta mais um atraso na entrega da obra. A gente está próximo da alta temporada e nada foi feito ainda. A gente precisa de medidas para fomentar o turismo: segurança, faixa de areia. Mas está faltando. O medo da gente é de perder a estrutura física dos quiosques. Alguns já perderam tablado, área de mesa. Fica feio, isso não é atrativo para o turismo da região, reclamou.>
A professora Zanda Camporez, 62, frequentadora da praia, afirma que o avanço do mar e o atraso na resolução do problema prejudica muita gente. Acho uma vergonha, sabendo que isso não acontece do dia para a noite. Acontece há meses. O balanço (de um parquinho na região) já está quase no meio da maré. Prejudica muita gente, inclusive o pessoal do quiosque, disse.>
>
Segundo o secretário de Meio Ambiente de Vitória, Luiz Emanuel Zouain, o edital precisou passar por ajustes por se tratar de um processo muito técnico. >
Todo procedimento como esse tem uma série de questões técnicas que são discutidas dentro do processo licitatório. Tivemos mais de 30 downloads. Como é uma obra de dragagem, tem empresas de todos os locais do país e de fora que vão participar dessa licitação. São questões essencialmente técnicas. Tivemos que fazer alguns ajustes, e retomamos agora o edital. Vamos republicá-lo na próxima semana, explicou.>
Após a empresa vencedora ser conhecida, as obras teriam início e seriam rápidas, de acordo com o secretário, durando de 15 a 20 dias. Questionado sobre o fato de as intervenções poderem acontecer durante o verão, Zouain afirmou que caso haja necessidade, reparos paliativos seriam feitos para não afetar o movimento na alta temporada e, posteriormente, a obra seria realizada. >
Se por acaso a obra tiver que acontecer durante o verão, nós vamos conversar com a sociedade. Se quiserem a obra no verão ou depois, nós fazemos um paliativo para garantir e depois a obra vai chegar, completou. Segundo o secretário, o edital será republicado na próxima quarta-feira (30), com prazo de 30 dias para a empresa vencedora ser divulgada.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta