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Prefeitura atrasa mais uma vez obra contra erosão na Curva da Jurema

Prefeitura atrasa mais uma vez obra contra erosão na Curva da Jurema

Questões técnicas fizeram com que o processo de contratação fosse suspenso, segundo a prefeitura. Frequentadores e quiosqueiros se queixam dos estragos feitos na região pelo avanço do mar

Publicado em 25 de outubro de 2019 às 12:52

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Quiosques afetados com o avanço do mar na praia da Curva da Jurema, em Vitória. (José Carlos Schaeffer)
Prefeitura atrasa mais uma vez obra contra erosão na Curva da Jurema

O processo de contratação da empresa que vai fazer o chamado “engordamento” da faixa de areia das praias da Curva da Jurema e de Camburi foi suspenso mais uma vez. Com o primeiro prazo previsto para o início do segundo semestre, a Prefeitura de Vitória informou agora que questões técnicas discutidas durante a licitação fizeram com que o edital precisasse passar por alguns ajustes. Enquanto isso, banhistas e quiosqueiros reclamam do constante avanço da erosão na região.

Quem frequenta o local se depara há bastante tempo com uma faixa de areia bem curta em alguns pontos da praia. A erosão vem avançando e diminuindo cada vez mais o espaço para lazer dos banhistas e até afetando o funcionamento de alguns quiosques. A reportagem de A Gazeta esteve no local e constatou os danos causados pelo avanço do mar. Em alguns estabelecimentos, parte do piso externo já cedeu e a estrutura principal está bem próxima de ser atingida.

Proprietário de um quiosque na orla da Curva da Jurema, Renee Cosme lamenta mais um atraso na entrega da obra. “A gente está próximo da alta temporada e nada foi feito ainda. A gente precisa de medidas para fomentar o turismo: segurança, faixa de areia. Mas está faltando. O medo da gente é de perder a estrutura física dos quiosques. Alguns já perderam tablado, área de mesa. Fica feio, isso não é atrativo para o turismo da região”, reclamou.

A professora Zanda Camporez critica a demora na resolução do problema: "Vergonha". (José Carlos Schaeffer)

A professora Zanda Camporez, 62, frequentadora da praia, afirma que o avanço do mar e o atraso na resolução do problema prejudica muita gente. “Acho uma vergonha, sabendo que isso não acontece do dia para a noite. Acontece há meses. O balanço (de um parquinho na região) já está quase no meio da maré. Prejudica muita gente, inclusive o pessoal do quiosque”, disse.

"QUESTÕES TÉCNICAS"

Segundo o secretário de Meio Ambiente de Vitória, Luiz Emanuel Zouain, o edital precisou passar por ajustes por se tratar de um processo muito técnico.

“Todo procedimento como esse tem uma série de questões técnicas que são discutidas dentro do processo licitatório. Tivemos mais de 30 downloads. Como é uma obra de dragagem, tem empresas de todos os locais do país e de fora que vão participar dessa licitação. São questões essencialmente técnicas. Tivemos que fazer alguns ajustes, e retomamos agora o edital. Vamos republicá-lo na próxima semana”, explicou.

OBRA NO VERÃO

Após a empresa vencedora ser conhecida, as obras teriam início e seriam rápidas, de acordo com o secretário, durando de 15 a 20 dias. Questionado sobre o fato de as intervenções poderem acontecer durante o verão, Zouain afirmou que caso haja necessidade, reparos paliativos seriam feitos para não afetar o movimento na alta temporada e, posteriormente, a obra seria realizada.

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“Se por acaso a obra tiver que acontecer durante o verão, nós vamos conversar com a sociedade. Se quiserem a obra no verão ou depois, nós fazemos um paliativo para garantir e depois a obra vai chegar”, completou. Segundo o secretário, o edital será republicado na próxima quarta-feira (30), com prazo de 30 dias para a empresa vencedora ser divulgada.

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