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Ocupação de leitos não vai determinar redução de isolamento no ES

Ocupação de leitos não vai determinar redução de isolamento no ES

Ministério da Saúde fala em diminuir isolamento em Estados e municípios que têm mais de 50% das vagas em hospitais sem pacientes, mas essa não é estratégia prevista para o Espírito Santo

Publicado em 6 de abril de 2020 às 21:46

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Novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com respirador no Hospital Jayme Santos Neves, na Serra.
Hospital Jayme Santos Neves, na Serra, conta atualmente com 72 leitos exclusivos para o atendimento de pacientes com Covid-19. (Reprodução/TV)

Depois de ressaltar que o isolamento social é fundamental para que o sistema de saúde suporte o crescimento de casos do novo coronavírus (Covid-19) no país, o Ministério da Saúde  propõs  reduzir parcialmente o distanciamento em cidades e Estados com metade dos leitos vagos. A medida, segundo boletim divulgado nesta segunda-feira (6), passaria a valer em uma semana. No Espírito Santo, porém, essa estratégia não é considerada viável.

O secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, explica que a taxa de ocupação dos leitos é algo muito dinâmico, a ponto de, em um momento estar próxima dos 50% e, em poucas horas, ultrapassar esse índice e, logo mais, voltar a ter menos da metade das vagas ocupadas. 

Questionado sobre a taxa de ocupação atual na rede pública, Nésio preferiu não falar justamente pelo dinamismo dos dados, mas assegura que, a partir desta quarta-feira (8), a informação estará disponível praticamente em tempo real, garantindo à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) um monitoramento mais preciso para adotar as medidas que forem necessárias. 

Mas, se fosse considerar a proposta do governo federal, o Hospital Dr Jayme Santos Neves, na Serra, por exemplo, estaria com taxa de ocupação dentro do que o Ministério da Saúde agora considera recomendável para o fim do isolamento. A unidade de referência no atendimento aos casos de Covid-19 na Grande Vitória tinha, no início da noite desta segunda, 72 leitos exclusivos para pacientes infectados pelo coronavírus, e 11 deles ocupados. 

Para Nésio Fernandes, o marcador de 50% de ocupação dos leitos servirá para outras medidas, e não com a finalidade de reduzir isolamento social. O índice é o sinal de alerta para que a Sesa busque alternativas para ampliar a sua capacidade de atendimento. Uma das estratégias é a compra de vagas na rede privada que, segundo o secretário, é primeira opção em relação ao hospital de campanha que vem sendo adotado em outros Estados porque o custo, a princípio, é menor. 

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